Mais

Giulia Gwinn, capitã da seleção da Alemanha: "É preciso ter problemas para fazer a diferença"

Giulia Gwinn falou em entrevista antes do início do Campeonato Europeu na Suíça
Giulia Gwinn falou em entrevista antes do início do Campeonato Europeu na SuíçaDANIEL LOB / dpa Picture-Alliance via AFP
A capitã da seleção feminina da Alemanha, Giulia Gwinn, quer continuar a posicionar-se como um espírito crítico, apesar de toda a oposição. "Se nos limitarmos sempre a fugir, não conseguimos nada. É claro que não recebo apenas reações positivas quando exprimo a minha opinião em público. Mas posso aceitar. Não sou fã de dizer sempre o que as massas querem ouvir nas entrevistas", disse a jogadora de 25 anos do Bayern Munique à "Sports Illustrated", antes do início do Campeonato da Europa na Suíça (2 a 27 de julho).

Gwinn enfatizou que é preciso "causar impacto para fazer a diferença".

"O futebol feminino sempre teve pioneiras que deliberadamente chocaram contra o muro e depois o derrubaram. Sem jogadoras que se manifestam e falam, o nosso desporto não teria chegado tão longe no seu desenvolvimento", explicou.

"Alemanha deve jogar mais sujo"

Para Gwinn, o Campeonato da Europa é "um marco, porque o futebol feminino será o centro das atenções durante todo o torneio. Esta é uma oportunidade que devemos aproveitar para continuar o desenvolvimento positivo da modalidade e compensar o último Campeonato do Mundo", afirmou.

No Mundial, as jogadoras da Alemanha já haviam fracassado na fase preliminar, mas, para o torneio na Suíça, estão de olho no título. No entanto, segundo Gwinn, a equipa alemã terá de "aprender a jogar ainda mais sujo em campo e a magoar as adversárias. As outras nações interiorizaram mais isso".

Gwinn já notou uma mudança na hierarquia da equipa.

"Havia um sentimento na equipa de que havia muitas jogadoras experientes, que estavam na equipa há muito tempo, que falavam alto e davam o tom. As jogadoras mais jovens não tinham a confiança necessária para falar. Agora houve uma mudança na equipa e noto que há mais jogadoras a quererem assumir responsabilidades", disse a lateral-direita.