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Na última vez que se defrontaram, Magdalena Eriksson deixou a sua noiva, Pernille Harder, com uma costela dorida e o nariz negro. Como se não bastasse, a "vítima" ainda teve de assumir as despesas em casa. E agora, no Campeonato da Europa, como será?
Na habitual boa disposição que marca o casal, Harder sugeriu, numa entrevista conjunta à SID, que a derrotada do confronto entre a Dinamarca e a Suécia, no Grupo C, deveria "lavar a loiça durante uma semana inteira". Ao que Eriksson, entre risos, respondeu de forma provocatória: "Não sei se quero que cozinhes para mim..."
Ícones LGBTQ
O beijo partilhado pelas duas jogadoras do Bayern de Munique, bicampeãs alemãs, durante o Campeonato do Mundo de 2019 correu o mundo e transformou-as em ícones da comunidade LGBTQ+. Mas, quando se encontram em campo, o amor fica temporariamente em pausa, pelo menos durante os 90 minutos de jogo.
Foi o que aconteceu, por exemplo, no embate da Liga das Nações, em fevereiro. As duas desatam a rir ao recordar uma fotografia desse encontro, onde aparecem a discutir acaloradamente.
"E essa nem foi a pior situação!", admite Pernille Harder, divertida. Magdalena Eriksson responde com um sorriso e ar de inocência: "Não foi nada!"
Depois do jogo, foi preciso "cinco ou dez minutos" até conseguir falar com ela sobre o assunto, confessa a dinamarquesa Pernille Harder, referindo-se aos duelos frente à sua noiva, Magdalena Eriksson, que representa a selecção da vizinha Suécia.
"Depois, ficou tudo bem", garantiu Eriksson, desvalorizando o episódio. "Faz parte do futebol. As duas queremos ganhar, por isso não levamos as coisas para o lado pessoal."
Duelo na sexta-feira
Mas no reencontro em Genebra, esta sexta-feira, está muito mais em jogo do que apenas o dever de assumir as lides domésticas no apartamento que partilham em Munique.
"A probabilidade de as duas seleções seguirem em frente não é muito alta", admite Magdalena Eriksson, tendo em conta os adversários de peso no grupo, nomeadamente a Alemanha e a Polónia. Ainda assim, tanto ela como Pernille Harder mantêm ambições elevadas para este Europeu.
"Estamos a sonhar alto", admite Pernille Harder, que foi capitã da Dinamarca na final do Europeu de 2017, "mas também sabemos que vai ser complicado". Ainda assim, a vitória em casa frente à seleção alemã na Liga das Nações provou que "nada é impossível".
Magdalena Eriksson, por sua vez, chega a este Europeu com um currículo de respeito ao serviço da Suécia: duas medalhas de bronze em Campeonatos do Mundo e duas medalhas de prata em Jogos Olímpicos, além de ter atingido as meias-finais do Europeu de 2022. Desta vez, o objectivo é claro: "Queremos chegar à final. Vamos dar o nosso melhor", garantiu.