Recorde as incidências da partida
"Que ninguém tenha dúvidas de que queremos muito estar no Euro!"
Está confirmado: Portugal vai marcar presença na fase final do Campeonato da Europa Feminino do próximo ano, a realizar na Suíça. A equipa das quinas ultrapassou todas as barreiras até confirmar o lugar no último play-off de apuramento, frente à República Checa, numa eliminatória decidida, esta terça-feira, em Teplice.

Depois do empate no Estádio do Dragão, num jogo de contornos históricos pelo número de espectadores presentes nas bancadas (40.189), o selecionador português mudou apenas duas peças no onze para esta segunda mão: Patrícia Morais ocupou o lugar de Inês Pereira na baliza e Jéssica Silva saiu da equipa inicial para ceder a vaga a Diana Silva.
Vantagem e castigo
Tal como na sexta-feira, a equipa portuguesa entrou no encontro com vontade de ter bola e conseguiu desempenhar esse papel de forma muito positiva na primeira meia-hora, com uma mudança significativa em relação ao primeiro jogo: marcou!

Aos 12 minutos, um cruzamento de Joana Marchão resultou num primeiro desvio de Diana Silva antes de um toque infeliz de Aneta Dedinová para o interior da própria baliza. O golo não só confirmava a superioridade da seleção portuguesa, como permitia encarar o duelo de outra forma, uma vez que o mais difícil estava feito.
No entanto, a partir da meia hora de jogo, a República Checa aproveitou a quebra de Portugal e começou a ameaçar a baliza de Patrícia Morais de forma mais insistente. A guardiã lusa ainda defendeu os remates consecutivos de Svitkova e Stasková, mas não conseguiu parar a grande penalidade convertida por Svitkova, aos 33 minutos, na sequência de uma mão na bola de Ana Capeta na área portuguesa.
O lance deixou muitas dúvidas, mas a decisão estava tomada e fez com que o jogo fosse empatado para o intervalo.

Contra os canhões, Marchão, Marchão
O tempo de intervalo não fez bem à equipa portuguesa. A reentrada em jogo da turma de Francisco Neto não foi a esperada, com algum consentimento de posse a favor das adversárias, no entanto a primeira oportunidade do segundo tempo pertenceu a Diana Silva, que não deu a melhor sequência a um passe soberbo de Kika Nazareth.
Seguiram-se momentos de alguma passividade, algum nervosismo e tudo só ficou um pouco mais claro num lance de bola parada a favorecer a seleção portuguesa, aos 76 minutos.

Novamente, Joana Marchão a assumir o papel principal e a bater a bola com conta, peso e medida para o desvio de Diana Silva, que representou a força e o querer de todos os portugueses e portuguesas num desvio certeiro à boca da baliza para o 1-2.
Os últimos minutos foram vividos de forma emotiva, com Jéssica Silva a desperdiçar o 1-3, aos 90+1', e depois Katerina Svitková a atirar à barra, aos 90+2', falhando, assim, o 2-2. Tudo passou e a seleção portuguesa sorriu no fim.
É verdade, Portugal está no Campeonato da Europa, pela terceira vez consecutiva. Deixou de ser surpresa, é cada vez mais uma "normalidade".