Formado como treinador em França, onde jogou no Nantes e no Troyes, Vizcarrondo liderou a seleção venezuelana a partir do banco de suplentes no Campeonato Sul-Americano Sub-17, onde terminou em terceiro lugar, atrás do Brasil e da anfitriã Colômbia, para ganhar um lugar no Campeonato do Mundo.
"Temos um objetivo muito bom, um Campeonato do Mundo, que para mim seria o primeiro", disse Vizcarrondo na segunda-feira, dirigindo-se aos seus rapazes num evento em Caracas para dar as boas-vindas à equipa.
O Campeonato Sul-Americano Sub-17 produziu alguns desempenhos notáveis de jovens promissores da Vinotinto, como o avançado Diego Claut - autor de quatro golos -, o defesa-central Marcos Maitan e o extremo Juan Camilo Uribe.
"Ainda não se percebe o que significa a qualificação (...). Eu lutei por isso (como jogador) e não consegui", continuou o jogador de 40 anos. "É bom que sintam o valor de tudo o que construíram", disse.
A Venezuela é o único país sul-americano que nunca se classificou para o Campeonato do Mundo.
Os seus jovens, no entanto, têm tido sucesso nos últimos tempos: a Vinotinto esteve no Campeonato do Mundo de Sub-20 em 2009 e 2013 e no Campeonato do Mundo de Sub-17 em 2013 e 2023, categoria em que agora se juntará à edição deste ano no Catar, que terá lugar de 5 a 27 de novembro.
"Temos de ser exigentes"
Multicampeão com o Caracas FC no seu país natal e um viajante que jogou pelo Rosario Central, Olimpo de Bahia Blanca e Lanús na Argentina, Olimpia no Paraguai, Once Caldas na Colômbia e América no México, Oswaldo iniciou a sua carreira de treinador na equipa feminina do Nantes.
Em seguida, passou a integrar a seleção nacional venezuelana. Não teve sorte com os sub-15, mas chegou à fase final do Campeonato do Mundo com os sub-17, e por isso é grato aos jogadores com os quais ficará "eternamente" ligado.
"Ainda temos um processo a desenvolver, que é o Campeonato do Mundo no Catar, mas uma vez terminado, certamente que ficaremos ligados para toda a vida", diz o jovem treinador, que jogou pela Venezuela nas eliminatórias para o Campeonato do Mundo e noutros torneios como a Copa América.
Ele fez parte do onze ideal da CONMEBOL na Copa América de 2011, onde a Venezuela chegou às meias pela primeira vez na história.
"Temos de ser exigentes e continuar a estabelecer uma margem de progressão. Têm um teto que ultrapassa o céu, que pode ir até ao infinito, mas isso vai depender de vocês", disse no seu discurso aos jogadores.