O Campeonato Sul-Americano concede quatro vagas para o Mundial da categoria, que será disputada de 27 de setembro a 19 de outubro no Chile.
A anfitriã Venezuela enfrenta o Chile no Estádio Metropolitano de Barquisimeto na partida de abertura de quinta-feira, no Grupo A, que começa com a partida entre Peru e Paraguai. O Uruguai, que está de folga na primeira jornada, completa o grupo.
Na sexta-feira, Bolívia x Equador e Brasil x Argentina defrontam-se no estádio Misael Delgado, em Valência, pelo Grupo B, que também inclui o Paraguai.
Brasil com adversários difíceis
Comandado pelo técnico Ramon Menezes, o Brasil defende o estatuto de campeão, título que já conquistou 12 vezes.
Dois dps principais jogadores juvenis, Endrick (Real Madrid) e Estevão (Palmeiras), estão ausentes, colocando o foco em nomes como Deivid Washington (Chelsea) e Gabriel Moscardo (Reims).
“O futebol brasileiro sempre tem grandes valores”, disse Menezes em declarações divulgadas pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF): “Temos um plantel muito forte de jovens jogadores. Vários deles já estão a jogar no exterior e outros estão a atrair muita atenção no cenário nacional.”
O objetivo do técnico é curar uma ferida sangrenta aberta há um ano na Venezuela: sob sua liderança, a sub-23 do Brasil não conseguiu apurar-se para Paris-2024, com Paraguai e Argentina conquistando as duas vagas em disputa.
El Diablito” Echeverri fez parte da equipa argentina que apurou para os Jogos Olímpicos. Echeverri, jogador do Manchester City, agora está de olho no Mundial sub-20, com a lembrança do desempenho diabólico que teve no Campeonato do Mundo Sub-17 de 2023 na Indonésia, com cinco golos e duas assistências.
Ao lado dele estavam outros jogadores que fazem parte da convocatória atual do técnico Diego Placente para esse Sul-Americano Sub-20, como Franco Mastantuono (River Plate), Dylan Gorosito (Boca Juniors) e Juan Villalba (Gimnasia y Esgrima de La Plata).
A atual geração de jovens do Uruguai, por sua vez, tem o desafio de seguir os passos da geração anterior, que venceu o Mundial sub-20 de 2023 na Argentina. A nova classe inclui jogadores que estão a dar os primeiros passos na Europa, como Alfonso Montero (Juventus) - filho do ex-capitão da Celeste Paolo Montero - e Mauro Salazar (Schalke 04), filho do ex-jogador uruguaio José Luis Salazar.
Quando se trata de estrelas, o equatoriano Kendry Páez (Independiente del Valle) é um dos jogadores mais celebrados do evento.
As três melhores equipas de cada grupo avançarão para um hexagonal final, que decidirá as quatro vagas para o Mundial Sub-20 em Caracas e Puerto La Cruz. O Chile, pelo fato de ser o país anfitrião do torneio, está automaticamente classificado.
Crise política
A contagem regressiva para o torneio na Venezuela foi marcada por questionamentos da Argentina e do Brasil após a posse do presidente Nicolás Maduro, cuja reeleição foi denunciada pela oposição como uma fraude. O governo de Javier Milei propôs mudar o local do evento e o governo de Luiz Inácio Lula da Silva pediu à CONMEBOL “garantias” de segurança para a delegação.
Além da controvérsia política, a Vinotinto está pronta para lutar por uma vaga no Mundial depois de ter estado no certame Sub-17 em 2023.
“Há bons jogadores a aparecer”, disse o técnico argentino Ricardo Valiño, que tem o meio-campista Kervin ‘Tuti’ Andrade (Fortaleza, Brasil) como seu principal trunfo.
O Campeonato Sul-Americano Sub-20 estava programado para ser realizado no Peru, mas foi transferido após a prisão em Lima de Agustín Lozano, presidente da Federação Peruana de Futebol (FPF), por acusações de corrupção.