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Copa América feminina: Brasil goleia Uruguai e jogará contra a Colômbia na final (5-1)

Brasil disputará a final
Brasil disputará a finalRODRIGO BUENDÍA / AFP

O Brasil goleou o Uruguai por 5-1 em Quito e apurou-se para a final da Copa América feminina, em que tentará vencer a Colômbia no sábado para conquistar a sua nona coroa no principal torneio de seleções da América do Sul.

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A Canarinha garantiu a vaga na sua quinta final consecutiva do certame, que no Equador celebra a sua décima edição, com uma receita de futebol ofensivo avassalador e impiedoso.

Notas dos jogadores
Notas dos jogadoresFlashscore

As atacantes Amanda Gutierres, Gio Garbelini, a lendária Marta (de penálti) e Dudinha selaram a goleada, praticamente definida na primeira meia hora de jogo, quando as brasileiras marcaram três golos.

Além de aproximá-las de uma nova coroa, a vitória deu à seleção uma vaga nos Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028.

A Celeste, que procurava o seu primeiro acesso a uma final, diminuiu a diferença graças a um autoglo da defesa Isa Haas e vai ter de se contentar uma vaga nos Jogos Pan-Americanos de Lima 2027.

Após um bom início das charrúas, o Brasil assumiu o controlo do encontro disputado no estádio Rodrigo Paz Delgado, no norte da capital equatoriana, para vencer sem dificuldades ao explorar uma grande fragilidade pelo lado direito.

Um lançamento lateral resultou num passe de Marta, que teve a sua melhor exibição da prova, com assistência e golo, para Gutierres cabecear e bater Agustina Miranda pela primeira vez.

Sem digerir ainda o 1-0, Uruguai viu a sua rede balançar novamente dois minutos depois - Garbelini finalizou após passe de Fátima Dutra.

Nesse momento, a defesa uruguaia estava totalmente desarmada.

Brasil à vontade

As brasileiras entravam a dominar por completo. Em nova investida, a uruguaia Daiana Farías cometeu falta sobre Isa Haas, originando um penálti duvidoso.

Com um remate para o lado esquerdo de Miranda, Marta, considerada a melhor futebolista da história, marcou o seu primeiro golo na Copa América do Equador.

A Celeste, que entrou em campo decidida a surpreender após passar em segundo lugar no Grupo A, atrás da Argentina, já estava abatida.

De nada adiantou o seu início com uma boa linha defensiva e projeções perigosas, com as quais chegou a ameaçar as brasileiras, como numa jogada no início de Wendy Carballo, que, no entanto, não conseguiu finalizar à queima-roupa.

Descontou logo no início do segundo tempo com o autogolo de Isa Haas, que falhou ao tentar afastar um canto cobrado por Stephanie Lacoste pelo lado esquerdo.

Com seu 3-4-1-2, o conjunto brasileiro apropriou-se da bola e impôs o seu jogo letal, o que lhe permitiu liderar o Grupo B à frente da sua rival na final, as cafeteras.

Com inteligência, pressionou para marcar o 4-1 após a marca de uma hora de jogo, com um golaço de falta de Gutierres, que bisou e ficou a um golo de igualar a melhor marcadora do torneio, a paraguaia Claudia Martínez (seis golos).

O contundente 5-1 apareceu aos 86', quando Dudinha finalizou com o pé direito o cruzamento de Sampaio.

Vingança colombiana?

A seleção comandada por Arthur Elias, um dos técnicos mais vitoriosos do futebol feminino, esteve a um passo de confirmar o seu império na América do Sul.

Na Copa América, cuja primeira edição foi disputada em 1991, só deixou escapar um título, o de 2006, quando a Argentina a deslocou para o segundo lugar.

Na final de sábado, a Canarinha enfrentará a Colômbia, que na segunda-feira derrotou a Albiceleste nos penáltis.

Brasileiras e Cafeteras vão reeditar a final da competição de 2022, realizada na Colômbia, em que as visitantes venceram por 1-0.

Na sexta-feira, as Albicelestes e as Celestes disputarão o terceiro lugar no clássico do Rio da Prata.

A campeã da América também jogará contra a Inglaterra, atual campeã da Europa, na finalíssima de 2026.

Estatísticas da partida
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