Hancko teve duas épocas de sucesso no Feyenoord e um bom desempenho no Campeonato da Europa com a camisola da seleção eslovaca. Por isso, esperava-se que o jogador saísse para uma das ligas de topo após o torneio.
"Estava resolvido e provavelmente não faltava muito. Do ponto de vista mental, foi um verão difícil", disse Hancko.
O defesa esperava poder seguir o treinador Arne Slote, que sucedeu a Jürgen Klopp no Liverpool.
"Estive em contacto com o treinador, mas ele disse-me logo que não era possível. O Liverpool tem uma certa filosofia de transferências. A idade era um problema e o outro era o preço. Ambos os fatores foram negativos para mim", afirmou o defesa-central, que também pode jogar como lateral-esquerdo.
De acordo com o Slovak Sport, o Feyenoord terá exigido 40 milhões de euros pelo jogador.
"O Atlético de Madrid foi quem mais se aproximou. Não foi preciso muito para isso. Mas o Feyenoord não quis deixar-me sair por um valor inferior ao que eles imaginavam", disse Hancko.
"O Atlético, por outro lado, tinha um certo limite porque estava a investir noutros jogadores. Tinha um determinado orçamento para mim e acabou por não chegar a acordo com o Feyenoord do ponto de vista financeiro", disse o defesa, que casou em Leiden com a tenista checa Kristýna Pliskova.
Versátil
Hancko não desiste do sonho de uma grande transferência e aposta na sua versatilidade.
"Tanto o Manchester City como o Arsenal começaram a utilizar uma defesa de quatro jogadores, em que quase todos são defesas. Quando eu estava a crescer, havia pequenos defesas como Marcelo e Jordi Alba. Agora, as melhores equipas utilizam defesas centrais longos na esquerda, a estrutura do ataque está a mudar. A minha versatilidade é uma vantagem para mim", explicou.
O jogador continua em contacto com os seus antigos companheiros de equipa no Sparta de Praga, o próximo adversário do Feyenoord na Liga dos Campeões. Na semana passada, mostrou que é um adversário perigoso. O seu golo, o 3-3 contra o Manchester City, coroou o sensacional empate do Feyenoord com o campeão inglês, com quem o Sparta Praga tinha perdido recentemente por 0-5.
Depois das transferências não concretizadas, Hancko não ficou amargurado.
"Não se tratou de eu não querer estar mais aqui e ir embora. Pelo contrário, tratou-se do facto de eu ter progredido muito no clube e na seleção nacional nas últimas épocas e de ter visto nisso uma oportunidade para dar um passo em frente", afirmou Hancko.