O Ajax proibiu Chuba Akpom, Jay Gorter, Carlos Forbs, Branco van den Boomen, Krystian Hlynsson, Borna Sosa e Christian Rasmussen de treinarem com a equipa principal, de utilizarem o centro de treinos ao mesmo tempo que a equipa principal e de utilizarem os lugares de estacionamento que lhes foram atribuídos. O clube também atribuiu apenas um fisioterapeuta aos sete jogadores, incluindo Van den Boomen, que está atualmente a recuperar de uma longa lesão nas costas.

Alex Kroes, diretor técnico do Ajax, terá informado os sete jogadores da decisão do clube através de uma mensagem de WhatsApp (leia mais aqui). O conselho de administração decidiu banir os sete jogadores, numa tentativa de os forçar a sair do clube e de libertar espaço financeiro. Quatro dos jogadores, nomeadamente Akpom, Forbs, Van den Boomen e Sosa, faziam parte das "compras Mislintat", um grupo de 12 jogadores adquiridos pelo antigo diretor técnico Sven Mislintat no verão de 2023.
O executivo alemão, que trabalhou para o Ajax entre maio e setembro de 2023, gastou 120 milhões de euros em 12 jogadores, a quem pagou salários substanciais. Estes salários vão aumentar em cinquenta por cento, agora que o Ajax se qualificou para a Liga dos Campeões da próxima época.
Política falhada
O VVCS, o sindicato dos jogadores neerlandeses, liderado pelo antigo jogador Evgeniy Levchenko, emitiu um comunicado a condenar o tratamento dado pelo Ajax aos sete jogadores, classificando-o de "política falhada".
"O VVCS está surpreendido com a dispensa de sete jogadores com contrato com o Ajax. Estes jogadores estão a ser deliberadamente isolados dos seus colegas da equipa principal", refere o comunicado.
"O VVCS considera que se trata de uma forma de práticas laborais injustas e de um prejuízo público desnecessário para os jogadores que não têm qualquer responsabilidade na situação que se criou. Na verdade, são vítimas da política falhada do Ajax, que na altura deu rédea solta a Mislintat".
O Ajax não reagiu a esta declaração.