A saída do capitão Dusan Tadic não foi uma surpresa para Berghuis. "Não, não foi uma surpresa. Ele veio para cá para ser campeão ou, pelo menos, sentir que pode competir. Se ele não tiver isso, vai-se embora", disse Berghuis.

Berghuis compreende que Tadic tenha optado por deixar o emblema de Amesterdão. "No momento, é preocupante, mas não podemos ignorar isso", disse Berghuis, que não tem intenção de assumir o papel de Tadic. "Eu sou quem eu sou. Sinto-me muito confortável num determinado papel. É o de me relacionar com toda a gente, desde os jovens aos africanos e sul-americanos. Que todos se sintam confortáveis e possam exprimir-se, por isso gosto de ter um papel de ligação".

"Dusan fez soar o alarme"

Sobre a próxima época, Berghuis é bastante sombrio: "É difícil fazer uma estimativa. Todos esperam que ganhemos e duvido que consigamos corresponder a essa expetativa. Precisamos de uma seleção que consiga fazer isso, é algo que me preocupa. Dusan fez soar o alarme com a sua saída. Estou de acordo com essa mensagem".

"Todos os rapazes que jogam aqui podem jogar muito bom futebol, mas é preciso ter um equilíbrio entre qualidade e mentalidade. Não tivemos isso no ano passado", sustentou.

Quanto ao papel que o próprio Berghuis quer na equipa, ele é claro. "Se puder escolher, prefiro jogar atrás do avançado, foi onde joguei os meus melhores jogos pelo Ajax. É aí que me sinto como um peixe dentro de água. Ser criativo, dar passes, fazer corridas, dar energia. Espero que possamos voltar a fazê-lo", concluiu Berghuis.