"Não consigo imaginar a camisola da Alemanha sem as três riscas", afirmou o ministro da Economia, Robert Habeck, numa declaração enviada à AFP.
"Para mim, a Adidas e o preto-vermelho-dourado sempre pertenceram um ao outro", disse Habeck, descrevendo a combinação como um "pedaço da identidade alemã".
Com a marca de roupa desportiva nacional e a economia a atravessarem tempos difíceis, Habeck disse que "teria esperado mais patriotismo" da Federação Alemã de Futebol (DFB).
Na quinta-feira, a DFB anunciou que iria terminar a sua parceria de décadas com a Adidas, seleccionando a Nike como seu novo fornecedor a partir de 2027.
As equipas nacionais alemãs usam equipamento Adidas desde a década de 1950, tendo a parceria tornado-se sinónimo de sucesso em campo.
O anúncio surpreendente foi feito apenas alguns meses antes do início do Euro-2024, que terá lugar na Alemanha em junho.
A mudança da Adidas foi uma "decisão errada", afirmou o ministro da Saúde, Karl Lauterbach, no X, antigo Twitter.
O acordo com a Nike, que se estenderá até 2034, foi "de longe a melhor oferta financeira" em cima da mesa, disse o diretor executivo da DFB, Holger Blask, num comunicado.
De acordo com o diário financeiro Handelsblatt, o contrato com a empresa norte-americana valia cerca de 100 milhões de euros por ano - o dobro do valor do acordo com a Adidas.
A perda do contrato com a seleção alemã é um golpe amargo para a Adidas, que registou em 2023 o seu primeiro prejuízo em 30 anos.