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De la Fuente e a conquista do Europeu: "Tornámo-nos todos uma família após esses 45 dias"

Luis de la Fuente na apresentação do documentário
Luis de la Fuente na apresentação do documentárioRFEF
O selecionador nacional de Espanha, Luis De la Fuente, participou numa palestra organizada pela RFEF, depois de ter visto o documentário "A team called Spain", que será lançado esta sexta-feira no Prime Video.

O treinador de La Roja salienta que "estamos lá para os acompanhar. Vamos continuar a trabalhar com eles, mas são eles os verdadeiros arquitetos, porque são os melhores do mundo, não tenho dúvidas".

Luis de la Fuente (63 anos) sublinha o sentimento de grupo que se instalou após a conquista do Campeonato da Europa na Alemanha, no verão passado.

"Naquele momento, foi uma carga emocional tremenda, uma alegria imensa, como temos repetido vezes sem conta. Para além disso, tivemos a sorte de o viver com a nossa família, porque nos tornámos todos uma família após aqueles 45 dias", explica.

O selecionador nacional espanhol admite que se sente feliz por recordar esses momentos: "Recordá-los dá-nos arrepios, porque foram momentos muito emocionantes, muito intensos e uma grande alegria. Mas a maior alegria é poder ver o povo de um país inteiro feliz, identificando-se com alguns jogadores maravilhosos e com uma ideia de futebol que se impôs e fez com que a Espanha se entregasse à sua seleção".

E recorreu a um símile literário. "Lutámos contra moinhos de vento como Dom Quixote, mas vencemos, e foram muitos moinhos de vento. E é por aqui que fico...".

Rodri e Carvajal

Rodri e Carvajal também participaram na conversa que se seguiu à projeção do documentário. O vencedor da Bola de Ouro afirmou que "há muito tempo que não sentia a emoção que senti lá em baixo".

"A Espanha sempre foi um país espetacular e a seleção nacional é um grupo muito unido, a nossa força é o grupo", acrescentou.

"Carvajal, Morata e eu somos um pouco mais velhos e tentamos transmitir os valores. Sempre tentei manter a calma nos momentos de euforia e colocar tudo o que tenho dentro de mim ao serviço do grupo", assumiu.

O lateral-direito, por sua vez, foi na mesma linha.

"A essência que se tem ao defender a camisola da seleção nacional é que todos nós assumimos o papel que desempenhamos. Este último Campeonato da Europa é um exemplo de vida para todos. Falava-se que a Espanha não tinha um líder, aquele jogador que pode fazer a diferença, e nada podia estar mais longe da verdade. Todos nós demos um passo em frente, sentimo-nos importantes e o grupo tornou-se uma família", afirmou.