Recorde as principais incidências da partida
A equipa de Rossi não conseguiu fazer jus ao seu estatuto de underdog antes do Europeu e protagonizou uma exibição sem brilho em Colónia.
A seleção húngara foi abalada pelos golos de Kwadwo Duah e Michel Aebischer no primeiro tempo, que marcaram os seus primeiros golos pela seleção suíça.
A cabeçada de Barnabas Varga no segundo tempo deu esperança à Hungria, mas Breel Embolo saiu do banco para marcar nos descontos na sua primeira aparição internacional desde 2022.
"Tivemos um mau entendimento tático. Não conseguimos aguentar e ter tempo para os pressionar. A primeira parte foi muito má. Fomos demasiado passivos", disse Rossi.
"A Suíça é muito experiente, com jogadores de qualidade em todo o campo. Contra equipas deste nível, corremos o risco de fazer coisas más. Eles aproveitaram ao máximo os nossos erros", analisou.

Assumindo parte da culpa Rossi também deixou críticas aos jogadores.
"Não estou à procura de culpados. Sou o treinador e tenho de assumir as minhas responsabilidades. Tivemos algumas falhas nos desempenhos individuais. Não há muitas estratégias para evitar erros individuais. É difícil dizer que alguém esteve bem, com exceção de dois ou três", atirou.
Uma derrota contra a Alemanha na quarta-feira seria um golpe para as esperanças da Hungria de chegar aos oitavos de final e Rossi admitiu que não está confiante no que toca à continuidade no Euro-2024.
"Jogamos contra a Alemanha daqui a quatro dias. Desafio qualquer pessoa a apostar em nós. A partir de hoje, isso parece impossível. A Alemanha é uma equipa diferente da do último Euro, provou-o contra a Escócia. Na minha opinião, é a grande favorita ao Europeu", concluiu.
"Gosto de jogar xadrez"
A Suíça perdeu apenas um dos seus últimos 15 jogos em todas as competições e uma vitória contra a Escócia no seu próximo jogo, na quarta-feira, colocá-la-ia nos 16 avos-de-final. Foram 22 passes na preparação para o golo de Duah, a terceira sequência de passes mais longa que levou a um golo no Europeu desde 1980.

Murat Yakin, que estava sob pressão por causa de questões táticas durante a campanha de qualificação, mostrou-se satisfeito pela exibição da equipa.
"Confio em mim próprio. Tenho uma equipa forte que é fundamental. Precisamos de confiança mútua, por isso é uma satisfação quando conseguimos um resultado como este. Podemos alcançar objetivos importantes", afirmou Yakin.
"Preparámo-nos durante três semanas e os jogadores têm o espírito certo. Eu tenho um papel a desempenhar na criação desta atmosfera. Gosto de jogar xadrez. Ontem (sexta-feira) tive uma vítima que perdeu duas vezes contra mim. Gosto de comparar o futebol com o xadrez e acertámos na nossa tática", acrescentou.
O técnico suíço fez já o lançamento da partida com a Escócia.
"É um jogo completamente diferente na próxima quarta-feira. Vai dar mais confiança ao nosso jogo, mas temos de jogar melhor contra a Escócia", disse.
"Temos muito a melhorar. A segunda parte do jogo não correu muito bem. Tivemos muitas chances de golo", concluiu.
