
Não havia muitas esperanças de "escapar" no templo do futebol mundial contra uma equipa inglesa que estava em grande forma e era liderada por Jude Bellingham, que neste momento representa o melhor do futebol planetário. A Itália, que foi iludida pelo golo de Gianluca Scamacca e depois foi derrubada por Kane, Rashford e o próprio médio do Real Madrid.
Depois, ao mesmo tempo que a reviravolta da Ucrânia, veio a da Inglaterra, desencadeando assim um duplo golpe para a Azzurra, que passou de +3 para -3 em apenas alguns minutos em relação à seleção de Rebrov, que está atualmente em segundo lugar e empurrou psicologicamente a Azzurra para o abismo. Um abismo assustador, até porque, depois de duas ausências consecutivas no Campeonato do Mundo, falhar o próximo Campeonato da Europa como atual campeão seria uma vergonha demasiado forte para suportar.

Precedente pouco auspicioso
Na preparação para a Alemanha-2024, a Itália ainda tem uma vantagem numérica do seu lado, nomeadamente o número de jogos a disputar. Há dois confrontos agendados para os comandados de Spalletti, um deles decisivo contra a Ucrânia, que receberá a Azzurra em Leverkusen no dia 20 de novembro. No entanto, para chegar nas melhores condições psicológicas, a Azzurra terá primeiro de vencer a Macedónia do Norte em Roma, um adversário que não é qualquer um, já que há um ano e meio o conjunto dos Balcãs derrotou a então seleção de Mancini em Palermo, na meia-final do play-off do Campeonato do Mundo de 2022.
Um precedente pouco auspicioso contra Elmas e os seus companheiros de equipa, que virão a Roma com o desejo de arruinar mais uma vez os planos da Azzurra, que, como atual campeã, não pode realmente perder a prova alemã. Uma derrota ou mesmo um empate contra os Balcãs daria a Spalletti apenas uma bala no duelo contra os ucranianos, que neste caso teriam duas, ou seja, a vitória e o empate.
Um paraquedas
Além da suposta "simplicidade" de enfrentar a seleção de Rebrov fora do seu país, devido a questões de tempo de guerra, é claro que chegar a Leverkusen sem um empate seria uma vergonha para a Azzurra. Por outro lado, uma vitória contra a Macedónia do Norte permitiria a Donnarumma e aos seus companheiros qualificarem-se para o Campeonato da Europa mesmo com um empate, tendo em conta a vitória de setembro passado em Milão com dois golos de Frattesi.
O para-quedas de um play-off da Liga das Nações da próxima primavera, que estaria aberto em caso de terceiro lugar, é uma opção em que Spalletti não quer pensar. E, para a evitar, é preciso começar bem o jogo contra a Macedónia do Norte, daqui a um mês, no Olímpico, um teatro escolhido ad hoc para evitar a eliminação. E isso não deve, de forma alguma, transformar-se num cenário de (mais uma) tragédia nacional...