"A atividade do grupo de trabalho criado pela FIGC está a intensificar-se com um programa de reuniões com representantes dos municípios, proprietários e gestores de estádios, bem como com os clubes das cidades incluídas na candidatura", declarou a FIGC em comunicado.
"O objetivo desta série de reuniões é trabalhar em equipa, prestar o melhor apoio possível às fases de desenvolvimento da candidatura e permitir que todas as cidades se preparem para o prazo de outubro de 2026", acrescentou a nota oficial.
As onze cidades candidatas são Roma; Florença, onde o estádio da Fiorentina está atualmente a ser renovado; Bolonha; Verona; Milão, onde o Inter e o AC Milan têm planos para um novo San Siro; Génova; Bari; Nápoles; Turim, com o estádio da Juventus; Cagliari e Palermo.
Os estádios da Serie A, com exceção dos da Juventus, inaugurados em 2011, e da Udinese e da Atalanta , renovados em 2016 e 2024, respetivamente, sofrem em comparação com os dos outros "cinco grandes" europeus. Esta situação está a ter um impacto nas finanças dos clubes italianos.
De acordo com um relatório recentemente publicado pela UEFA, em 2023, a Serie A terá ganho cerca de 425 milhões de euros com a exploração dos seus estádios. É um valor muito distante dos 995 milhões de euros da Premier League e dos 580 milhões de euros da LaLiga.
O estado dos estádios dos clubes da Serie A é um ponto de discórdia entre a UEFA e as autoridades italianas.
Numa entrevista ao grupo Mediaset, em maio passado, o presidente da UEFA, Aleksander Ceferin, descreveu o estado dos estádios italianos como "vergonhoso": "Entre os grandes países, a Itália é de longe o que tem os piores estádios.".
"Para ser honesto, estou um pouco cansado destas discussões sobre as infra-estruturas do futebol italiano, porque tudo o que ouvimos são palavras (...) Chegou a altura de agir, porque a situação é má", lamentou o responsável europeu pelo futebol.