Se os Bleus regressarem do país das tulipas com um empate, poderão garantir o apuramento em caso de derrota da Grécia em Dublin. De qualquer forma, após cinco vitórias em cinco jogos nesta qualificação para o Euro-2024, a França lidera o Grupo B, com seis pontos de vantagem sobre os Países Baixos e a Grécia.
A França precisa, na pior das hipóteses, de vencer o penúltimo jogo contra Gibraltar no Allianz Riviera, em Nice, para garantir o seu lugar na Alemanha em junho próximo. Por outras palavras, salvo uma grande surpresa, a França estará presente no próximo Europeu. Para que servem então os últimos quatro jogos previstos? Perante a equipa de Koeman, a equipa de Didier Deschamps vai aproveitar a oportunidade para ajustar algumas coisas.
Mike Maignan, seguro contra todos os riscos
O guarda-redes do AC Milan impôs-se como o número 1 depois do Campeonato do Mundo do Catar. Foi contra os Países Baixos, no Stade de France, que ele deu início a essa nova fase, com a vitória dos Bleus por quatro golos sem respeito.
Desde que assumiu a titularidade, o guardião formado no Paris Saint-Germain participou em quatro dos cinco jogos de qualificação, deixando o seu lugar a Brice Samba para o jogo contra Gibraltar. Basicamente, Mike Maignan é o jogador utilizado para os grandes jogos e, atrás dele, os Bleus podem contar com o guarda-redes do RC Lens.
Magic Mike, por outro lado, deixou a sua baliza intocada durante as eliminatórias. No entanto, no último particular contra a Alemanha, ele não conseguiu evitar os dois gols da National Mannschaft. Contra a Laranja Mecânica, o guarda-redes de 28 anos deve defender a meta dos tricolores.
Uma defesa em formação
William Saliba foi o primeiro a retirar-se da lista de convocados de outubro, depois de ter ficado à disposição do clube para tratar uma lesão no dedo do pé direito após jogar contra o Manchester City. Por fim, foi a vez de Axel Disasi se retirar da convocatória do treinador. Duas ausências importantes - às quais se juntam as lesões de Koundé e Upamecano - numa posição muito específica: defesa-central.
A conclusão? Para além das convocatórias de última hora de Jean-Clair Todibo e Castello Lukeba, o resultado deverá ser uma nova formação para os Países Baixos: Lucas Hernandez e Ibrahima Konaté.
A última vez que os dois foram titulares juntos foi contra a Austrália (4-1), na estreia dos Bleus no último Campeonato do Mundo, no Catar. No entanto, o parisiense jogou na lateral esquerda. Com a explosão de Saliba no Arsenal, o jogador do Liverpool deve aproveitar os minutos que lhe serão dados para se afirmar como titular dos Bleus.
Outra novidade na defesa de quatro homens na Amsterdam Arena é a inclusão de Jonathan Clauss no flanco direito, em vez de Benjamin Pavard. "Não fui convocado (para o Mundial-2022), mas chegamos à final, então foi uma boa escolha do técnico na altura", admitiu o jogador do Marselha ao Téléfoot no domingo: "Fiquei desiludido, mas já não estou, estou a recuperar e a seguir em frente."
"É bom vê-lo de novo connosco nesta posição. É mais regular com as suas qualidades na lateral direita, onde não jogou na época passada", explica o treinador. Na sua opinião, Benjamin Pavard "é o que tem mais dificuldade em jogar na lateral direita", segundo Deschamps. O defesa nascido em Marselha seria então o substituto de Jules Koundé.
"Mas não se trata de uma segunda oportunidade para Jonathan. Ele não está a apostar a sua vida nisso. Não é um exame. Se ele está de volta agora, é porque merece estar. Eu faço escolhas sobre os jogadores que acho que podem atuar bem nesta posição. O Jonathan joga regularmente nessa posição. Infelizmente, não há muitos jogadores formados como laterais", concluiu.
Continuidade no meio-campo
Aurélien Tchouaméni, Adrien Rabiot e Antoine Griezmann devem ser os três médios escolhidos por Didier Deschamps para enfrentar a Laranja Mecânica. Garantir a continuidade do meio-campo dos tricolores é vital, tendo em conta que será quase de certeza o meio-campo de três jogadores que começará no próximo Euro.
Cada jogador dá a sua contribuição e se complementa perfeitamente. O jogador do Real Madrid está lá para dar equilíbrio, o jogador da Juventus recupera e ataca de forma box-to-box, e o jogador do Atlético de Madrid traz a sua visão, o seu sentido de jogo e a sua experiência.
Exames no ataque
Para a frente de ataque, Didier Deschamps ainda hesita entre Olivier Giroud ou Randal Kolo Muani no centro e Kingsley Coman ou Ousmane Dembélé à direita. A única certeza é a presença do capitãofrancês Kylian Mbappé, que deixou os Bleus por algumas horas na tarde de quarta-feira, em luto pela morte de um amigo próximo.
De qualquer forma, é hora de os tricolores testarem o ataque, e nada melhor do que um confronto contra uma das maiores nações do futebol europeu para isso. Então, será que eles devem colocar em campo o trio do Paris Saint-Germain ou jogar a carta da experiência com o atacante do AC Milan ao lado do atacante do Bayern de Munique? A resposta será dada nesta sexta-feira.