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Martínez assume rotação com a Islândia e admite: "A cada jogo é mais fácil ser português"

Atualizado
Martínez não escondeu a felicidade e algum encanto com o ambiente vindo das bancadas
Martínez não escondeu a felicidade e algum encanto com o ambiente vindo das bancadasAFP
Leia abaixo as declarações do selecionador nacional, Roberto Martínez, na flash interview da Sport TV, no final da vitória de Portugal por 3-0 sobre a Bósnia-Herzegovina que reforçou a liderança isolada dos portugueses no Grupo J da qualificação para o Euro-2024.

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Análise: “Eu disse que a Bósnia era uma equipa com ideias claras e jogadores com experiência de elite. Tivemos um jogo com uma fadiga mental em que não tivemos fluidez e a ideia de jogo que mostrámos contra o Luxemburgo. A entrega e o jogo sem bola foram muito fortes. O Diogo Costa com um momento espetacular, assim como todos os jogadores, fizeram uma performance de equipa e precisamos destes jogos para melhorar, crescer e estar ao nível máximo".

Palavras ao intervalo: “É normal, na primeira parte a Bósnia teve contra-ataques muito rápidos, um jogo direto que nós facilitamos. Na segunda parte não facilitamos esse jogo direto com uma pressão alta e muito rápida. Tivemos a bola em melhores zonas do relvado. Acho que a entrega e o esforço individual foram vitais, mas precisamos de melhorar em muitas coisas que, em jogos como hoje, podemos fazer".

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Rotação com a Islândia: “É possível que faça mudanças. Se são necessárias, temos que as fazer, mas não faze-las só por fazer. É importante manter o bloco, vamos avaliar os jogadores individualmente, cada um tem uma situação diferente, as mudanças serão mínimas, mas algumas".

Ambiente: “O apoio é espetacular, o ambiente foi decisivo para o nosso resultado. É uma experiência única e os nossos adeptos merecem tudo o que lhes podemos dar. A cada jogo é mais fácil sentir-me português”.

Discurso direto em conferência de imprensa

"Foi um jogo difícil porque, como dissemos, a Bósnia tem ideias claras, estrutura defensiva muito compacta e jogadores de alto nível como Pjanic, Dzeko... Tivemos uma atitude de equipa espetacular, fisicamente não foi o problema, foi mais fadiga mental. Na primeira parte, tivemos algumas más decisões, perdemos a bola onde não devíamos perder. Acho que não jogámos como equipa como precisamos, mas jogámos para a equipa de uma forma espetacular. Uma grande vitória que permite crescer, melhorar e 72 horas para preparar a próxima partida, é algo natural para nós".

"Evoluímos em situações sem bola, acho que a nossa reação à perda de bola foi muito boa, mas o jogo com bola não foi ao nível que precisamos. São decisões, momentos da época, mas é muito importante ganhar um jogo por 3-0 sabendo que precisamos de melhorar. Precisamos de dizer que a Bósnia defensivamente jogou muito bem. É certo que não tivemos sempre boas decisões, não jogámos fácil em zonas em que precisamos de o fazer e acho que quisemos ganhar o jogo nos primeiros cinco minutos. O ambiente era espetacular e jogámos mais com o coração que com a cabeça".

"Precisamos de ter mais jogos como o de hoje. Este é um jogo a partir do qual vamos aprender, melhorar. Não posso ser mais preciso, mas a nossa intenção era não dar à Bósnia situações de jogo direto. Cada jogo é diferente, cada adversário é diferente, mas acho que a nível internacional manter a baliza inviolada e marcar quatro golos (um foi em fora-de-jogo)... vi espírito individual com compromisso para a equipa e isso foi muito importante".

"(A não utilização de) Rafael Leão foi uma planificação para os dois jogos em 72 horas que iremos ter e uma decisão para o ter para a partida com a Islândia. Não precisámos do jogo do Rafael depois do primeiro golo e da forma como o jogo se colocou. A seleção que pode criar mais problemas é Portugal. Precisamos de jogar a alto nível. A Bósnia jogou duas partidas fora de casa e é muito forte em sua casa, onde ganhará muitos pontos".

"O compromisso do Ronaldo para a seleção é exemplar, é muito fácil ir buscar-se um debate ou uma conversa de que não está na melhor forma, mas o Cristiano é um exemplo de capitão que está sempre ao dispor da seleção e é muito importante para os nossos valores no balneário. Hoje, a sua atitude foi perfeita e estou muito satisfeito, pois o seu passe para o Diogo Jota (na parte final do jogo) foi um exemplo para o que se quer para a equipa".

"É importante fazer mudanças necessárias e não fazer mudanças apenas por fazer. Acho que 72 horas é um período muito curto e precisamos de utilizar todos os jogadores, sem fazer mudanças por mudanças".