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Pese o bom arranque na Liga Portugal, com quatro golos nas três primeiras jornadas, ainda não é desta que Paulinho pode celebrar o regresso à Seleção Nacional. O avançado do Sporting foi seguido pelo selecionador, mas está atrás de Cristiano Ronaldo e Gonçalo Ramos.
"Gostei muito do começo de Liga do Paulinho. Acho que é um jogador de área, finalizador. Mas agora temos dois pontas-de-lança, o Cristiano e o Gonçalo. A competitividade neste nível faz com que seja muito difícil ter uma oportunidade. Mas é importante termos jogadores como o Paulinho a jogar a este nível. É importante ser consistente e manter o mesmo nível toda a época", justificou Roberto Martínez, em conferência de Imprensa.
Quem também falha a convocatória, mas este uma figura muito importante na história da Seleção é Pepe, experiente central que não teve "luz verde" para integrar o estágio: "Acho que é um azar. Temos lesionados, e o Pepe é um jogador que não tem luz verde para estar na lista, tal como Renato Sanches, Raphael Guerreiro, Nuno Mendes e André Silva".
Entre os mais variados temas analisados durante a conferência de imprensa, Roberto Martínez foi ainda questionado sobre a sua presença no encontro entre Estrela da Amadora e Estoril, a contar para a 3.ª jornada da Liga Portugal, e falou sobre dois jovens do Estoril.
"Fui ao jogo do Estrela porque gosto das histórias do futebol português. Vi um jogo competitivo, com uma vitória no último minuto. Acho que o João Marques e o Rodrigo Gomes, do Estoril, são jogadores com um futuro muito importante", destacou.
O caso Rubiales e a Arábia Saudita
A polémica em torno do presidente da Real Federação Espanhola de Futebol, Rubiales, também foi tema na Cidade do Futebol. O selecionador não acredita que o caso influencie negativamente a candidatura ibérica (Portugal e Espanha) ao Mundial-2030.
"Cargos públicos, cargos importantes, têm responsabilidades importantes. Precisamos de ter uma conduta exemplar, e isso não aconteceu. É importante que o futebol tenha condutas exemplares para outras instituições, também para a vida em geral. É uma responsabilidade de quem tem esses cargos", argumentou.
"Acho que a candidatura ibérica é um processo que tem muito trabalho, muitas horas, é um comboio. Está acima de qualquer pessoa. Não é um momento que uma pessoa pode dificultar. Acho que está num momento muito forte e esperamos que tenha sucesso", rematou.
Por fim, a Arábia Saudita. O mercado do futebol saudita tem convencido muitos craques do futebol europeu e para Roberto Martínez isso não deve ser motivo de preocupação. Pelo menos, por enquanto.
"É um projeto novo. Precisamos de dar duas ou três épocas para ver se é um projeto sólido. Todas as ligas competitivas que podem dar um papel importante aos nossos jogadores são vitais. Não acho que seja tanto a competição, mas mais o papel individual para os nossos jogadores. Vamos ver como eles voltam dos jogos na Liga saudita. Precisamos de aprender. Não acho que seja negativo, acho que é diferente. Tenho a experiência de jogadores que jogam na Seleção e fora da Europa e nunca foi uma questão negativa", defendeu.