"Apesar de estarmos a terminar a nossa cooperação, estou grato por ter orientado a seleção polaca e desejo tudo de bom à Polónia e ao seu povo, que me acolheu tão bem quando aqui vivi", disse Fernando Santos, citado em comunicado.

"A escolha de um novo selecionador é agora uma questão prioritária para a direção da Federação Polaca de Futebol (PZPN), pelo que anunciaremos em breve quando será feita a apresentação do novo treinador", acrescentou o presidente da Federação Polaca de Futebol numa outra mensagem.

Fernando Santos orientou a seleção polaca durante um dos seus piores períodos das últimas décadas. Sob a sua liderança, a Polónia disputou cinco jogos num grupo muito acessível de qualificação para o Euro-2024, nos quais perdeu três.

Primeiro, após três minutos de jogo diante da República Checa, os polacos já perdiam por 2-0, depois, foi a vez de desperdiçarem uma vantagem de 2-0 ao intervalo contra a Moldávia, acabando por perder 3-2 contra uma das piores equipas da Europa e, por fim, contra a Albânia, perderam por 2-0, sem sinais de luta.

Sob o comando do selecionador português, a equipa vermelha e branca apenas venceu a Albânia em casa, além de um triunfo com as Ilhas Faroé e uma surpreendente vitória contra a Alemanha, em jogo de preparação.

Durante os meses em que esteve à frente da seleção polaca, Santos não convocou qualquer estreante e, nos intervalos entre os treinos, raramente se deslocou ao país, passando tempo em Portugal e em férias. Quando foi contratado pela Federação Polaca de Futebol, foi dito que ficaria baseado em Varsóvia, assistiria aos jogos da Liga local e participaria na vida quotidiana do futebol polaco.

Em vez de desenvolver a equipa nacional e introduzir novos métodos de trabalho e novos jogadores, Santos convocou, para aquele que acabou por ser o seu último estágio como selecionador, Grzegorz Krychowiak e Kamil Grosicki, que anteriormente tinha ignorado e que há muito já não estão no nível de topo do futebol europeu.