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A Ucrânia inicia o seu torneio europeu na segunda-feira com um jogo contra a Roménia em Munique. No Grupo E, juntamente com a Eslováquia e a Bélgica, os ucranianos esperam passar da fase de grupos.
Há três anos, no anterior Europeu, a equipa liderada por Shevchenko chegou aos quartos de final, onde foi derrotada por 4-0 pela Inglaterra. Desta vez, Shevchenko, de 47 anos, já não é treinador, mas sim presidente da Federação Ucraniana de Futebol, e o seu antigo colega do Dínamo de Kiev, Serhiy Rebrov, teve de trabalhar arduamente para levar a equipa à Alemanha, apesar do caos maciço e da ansiedade aguda entre os jogadores, marcados pelo conflito desencadeado pela invasão russa do seu país em fevereiro de 2022.
"Há dois elementos em jogo", afirmou Shevchenko. "Por um lado, mostrámos que continuamos a ser competitivos e que continuamos a ser excelentes no futebol, mesmo na guerra. Em segundo lugar, e mais importante, representámos orgulhosamente a Ucrânia e recordámos ao mundo aquilo por que estamos a passar".

"Todas as vitórias são cruciais"
"Cada vitória do nosso país, dentro e fora do campo, é crucial para todos os ucranianos, especialmente para aqueles que estão a defender o país neste momento", sublinha.
Os preparativos para os jogos continentais, que a Alemanha acolhe até 14 de julho, têm sido complicados para a seleção ucraniana, que teve de jogar fora das suas fronteiras. Quando os futebolistas falam de pressão, referem-se normalmente a um bom desempenho perante os adeptos ou a desafios desportivos. Mas, para alguns jogadores ucranianos, a pressão é muito mais grave: têm de treinar apesar da situação difícil que se vive no país.
"O mais difícil na nossa situação é adaptarmo-nos às rápidas mudanças do ambiente afetado pela guerra", explica Shevchenko. "Temos de lidar com muitas restrições, incluindo restrições de segurança, ataques aéreos, ataques com mísseis da Rússia, recolher obrigatório e cortes de energia. Estes problemas dificultam as operações, mas estamos a lidar bem com eles".