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A nova Taça Intercontinental: quatro competições numa só

Imagem do Estádio 974 de Doha, que acolhe o dérbi das Américas e a Taça Challenger
Imagem do Estádio 974 de Doha, que acolhe o dérbi das Américas e a Taça ChallengerNOUSHAD THEKKAYIL / NurPhoto / NurPhoto via AFP
A tradicional Taça Intercontinental foi disputada entre 1960, quando o Real Madrid derrotou o Peñarol na primeira edição, e 2004, quando o FC Porto venceu o Once Caldas nos penáltis.

Esta competição opunha o campeão europeu ao campeão da Taça Libertadores da América e foi disputada em sistema de eliminatória a duas mãos, até 1979. A partir de 1980, o Japão organizou uma final para coroar o campeão mundial de clubes: em Tóquio até 2001 e as três últimas edições em Yokohama.

Os clubes mais bem sucedidos foram o AC Milan, o Peñarol, o Real Madrid, o Boca Juniors e o Nacional de Montevideu, todos com três títulos.

Curiosamente, em 1974, o Atlético de Madrid ganhou a Intercontinental sem ser campeão europeu, pois foi vice-campeão devido à desistência do Bayern Munique, e acabou por vencer o Independiente a duas mãos.

O "velho" Campeonato do Mundo de Clubes

A competição desapareceu para dar lugar ao nascimento do Campeonato do Mundo de Clubes, que até 2023 foi disputado pelos campeões de cada confederação da FIFA. Embora tenha havido uma primeira edição em 2000, ganha pelo Corinthians, o torneio tornou-se anual a partir de 2005 (título para o São Paulo) até 2023, sendo o Manchester City o último campeão.

O Real Madrid venceu cinco vezes, o Barcelona três vezes e o Corinthians e o Bayern duas vezes cada.

A competição vai continuar a existir, mas com um formato diferente. Será disputada de quatro em quatro anos, a partir da edição de 2025, nos Estados Unidos, e nela participarão 32 clubes. No próximo verão, haverá 12 equipas da Europa, seis da América do Sul, quatro de África, quatro da Ásia, quatro da CONCACAF, uma da Oceânia e um lugar para o país anfitrião, que neste caso vai para o Inter de Miami de Lionel Messi.

Em que consiste a nova Taça Intercontinental?

Mas voltemos à Taça Intercontinental da FIFA, que celebra a primeira edição deste torneio restabelecido em 2024.

No dia 18 de dezembro, em Lusail (Catar), o Real Madrid vai defrontar o vencedor da meia-final entre o Al-Ahly do Egito e o vencedor do jogo Botafogo-Pachuca, disputado esta quarta-feira em Doha.

A verdade é que a Taça Intercontinental, que reúne os campeões de cada confederação, à semelhança do "antigo" Mundial de Clubes, é quatro taças numa só. Em primeiro lugar, há a Taça África-Ásia-Pacífico, que foi conquistada a 29 de outubro no Cairo pelo Al-Ahly do Egito, após uma vitória por 3-0 sobre o Al-Ain dos Emirados Árabes Unidos. Esta última equipa tinha anteriormente derrotado o Auckland City da Nova Zelândia, campeão da Oceânia, por 6-2 na primeira ronda.

Por outro lado, temos o dérbi das Américas, que acontece esta tarde, colocando o campeão da CONMEBOL (Botafogo) contra o campeão da CONCACAF (Pachuca). Esta seria a segunda taça.

A terceira é a chamada Challenger Cup, que colocará o vencedor do dérbi das Américas contra o vencedor da Taça África-Ásia-Pacífico, no caso o Al-Ahly, nas meias-finais da competição.

A quarta, e mais importante, é a Taça Intercontinental da FIFA, que oporá o campeão europeu (Real Madrid) ao vencedor da Challenger Cup.