Outrora a nação mais dominante no futebol feminino, com cinco finais olímpicas consecutivas, as equipas dos EUA foram ficando para trás à medida que as congéneres europeias alcançavam e ultrapassavam as norte-americanas.
A Alemanha conquistou o ouro em 2016, enquanto os EUA também tiveram de assistir ao triunfo do vizinho Canadá, que os derrotou nas meias-finais da última edição, em Tóquio. Mas o maior choque de realidade aconteceu no Campeonato do Mundo no ano passado.
Depois de nunca terem ficado fora dos três primeiros lugares do Mundial, as norte-americanas foram eliminadas nos oitavos de final em 2023, marcando o fim de uma era gloriosa em que jogadoras como Megan Rapinoe se retiraram da seleção.
Um núcleo jovem estava pronto para assumir o lugar da geração mais velha, mas precisava da pessoa certa ao leme. A Federação Norte-americana de Futebol (US Soccer) não perdeu tempo e contratou alguém com um histórico comprovado na Europa: Emma Hayes.
A treinadora inglesa deixou o Chelsea depois de transformar o clube londrino na equipa mais dominante da Superliga inglesa, mas tem uma tarefa difícil pela frente.
Hayes foi comentadora durante o último Mundial e destacou o fato de as norte-americanas já não serem as grandes estrelas do futebol feminino. Depois de a treinadora de 47 anos ter assumido o cargo, em maio, admitiu que havia trabalho a fazer para voltar a sonhar com o ouro.
Alex Morgan - um dos últimos vestígios da equipa americana que conquistou tudo, com 123 golos internacionais - ficou de fora da equipa olímpica, mas oito jogadoras que ganharam o bronze nos Jogos Olímpicos de Tóquio estão incluídas.
Espanha é a favorita
Entre as favoritas está a Espanha, que venceu o Mundial no ano passado com um estilo de jogo cativante e que, na estreia nos Jogos Olímpicos, será liderada pela vencedora da Bola de Ouro, Aitana Bonmati, que comandará o meio-campo.
Jogadoras experientes, como Alexia Putellas, duas vezes vencedora da Bola de Ouro, Jennifer Hermoso e a capitã Irene Paredes também fazem parte de um plantel formidável, com uma rica mistura de juventude e experiência.
A anfitriã França também é candidata e conta com Wendie Renard, oito vezes campeã da Liga dos Campeões, como capitã. No entanto, a sua forma tem sido inconsistente durante a preparação e o seleccionador Herve Renard quer melhorar o desempenho depois da eliminação nos quartos de final do Mundial.
