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A grande aposta do Atlético: mercado extra-grandes e foco nos rivais Real e Barcelona

Marc Pubill e Johnny Cardoso com a sua nova equipa
Marc Pubill e Johnny Cardoso com a sua nova equipa@Atleti
Este verão começou com mudanças para o Atlético Madrid. Depois de ter terminado em terceiro lugar na LaLiga na época passada, de ter sido eliminado nos oitavos de final da Liga dos Campeões e de não ter conseguido passar aos oitavos de final do Mundial de Clubes, o clube renova-se na esperança de inverter a tendência na temporada 2025/26.

Na abertura do mercado, o Atlético Madrid não hesitou em fazer barulho. Em poucos dias, o clube vendeu uma mão-cheia de jogadores. O plano era adquirir sangue novo e utilizar as vendas para se tornar mais competitivo. Um mês depois, a equipa está mais nova do que nunca e promete uma época 2025/26 gratificante.

Reconstruir a serenidade defensiva

Apesar de ter sido a defesa mais sólida da LaLiga na época passada, com apenas 30 golos sofridos, o final de temporada dos Colchoneros não permitiu que a equipa progredisse como gostaria. Pior ainda, sofreram golos importantes. A ausência de Robin Le Normand durante algumas semanas evidenciou algumas fraquezas no eixo defensivo, com José Maria Gimenez nem sempre à altura. Clément Lenglet foi uma ajuda parcial, mas sem garantias.

Para melhorar o seu setor defensivo, o Atlético contratou também o italiano Matteo Ruggeri. Transferido da Atalanta, o defesa é jovem (23 anos) e promissor. É exatamente o que o clube precisa, dada a sua tendência para contratar jogadores com mais de 30 anos. Uma tendência, no entanto, que está a mudar. César Azpilicueta fez as malas para dar lugar a outros, assim como Axel Witsel e Reinildo, todos em fim de contrato. As três saídas permitiram a contratação de David Hancko (27 anos).

E se na época passada não houve nada de bom nos flancos do Atlético, com as fracas prestações de Nahuel Molina e Javi Galan, no próximo ano as coisas serão diferentes. E não apenas por causa de Matteo Ruggeri. Marc Pubill (22 anos) chegou à capital e deverá trazer mais estabilidade à equipa. Do outro lado do campo, Marcos Llorente poderá voltar a ser titular para facilitar novas contratações.

Pelo menos, se o esquema tático do Atlético continuar a ser o 4-4-2. A mudança para um sistema 3-5-2 permitiria uma maior exploração dos reforços e aumentaria as hipóteses de passar a bola para a frente.

Espera-se melhoria no ataque

O Atlético está à beira de uma revolução? As saídas de Rodrigo Riquelme e Angel Correa apontam nessa direção. Os meninos queridos do clube desapareceram, substituídos por aquisições pragmáticas no meio-campo e no ataque. Johnny Cardoso (23 anos) foi contratado para melhorar a estabilidade de um meio-campo que estava a ficar à deriva. Depois de uma excelente temporada no Betis, o jovem norte-americano não escondeu o seu entusiasmo pelos Rojiblancos.

A sua contratação é acompanhada pela de Thiago Almada. Conhecido no Lyon pela sua capacidade de passe e ofensiva, o argentino será mais uma importante ameaça no ataque. 

Por fim, o maior golpe de verão do Atlético continua a ser Alex Baena. Médio ofensivo de topo do Villarreal, o jogador tem uma tarefa difícil numa formação que também pode contar com Alexander Sorloth, Antoine Griezmann e Julian Alvarez. Mas com a sua versatilidade e qualidade, terá certamente algo a oferecer. 

A saída de Andrea Berta para o Arsenal e a chegada de Carlos Bucero ao cargo de diretor do departamento desportivo em janeiro de 2024 também revitalizaram o departamento de recrutamento. Já muito presente e envolvido ao longo do último ano e meio, e portanto durante o drástico mercado do ano passado (seis chegadas), o argentino não hesitou em apostar numa nova reformulação do plantel este ano.

Por isso, a equipa da capital espanhola teve um dos mercados mais ativos da Europa este verão. Foram gastos quase 150 milhões de euros na compra de seis novos jogadores. E, de acordo com os rumores, o clube poderia fazer outras movimentações. Na mira estão Renato Veiga e Enzo Millot.

Trata-se de uma aposta inteligente, que visa melhorar a qualidade do banco de suplentes e, ao mesmo tempo, resolver os problemas em campo.