Desta vez, foi o representante de Juma Bah (18 anos), Patrick Mörk, que se pronunciou, depois de o Valladolid ter afirmado que, quando o defesa se estreou na equipa principal, o agente recusou-se a assinar um contrato melhorado.
"Nos meus quase 40 anos como agente de futebol, realizei inúmeros negócios e transferências com equipas de futebol de todo o mundo e nunca estive numa situação tão absurda, irrealista e sem sentido como a que estou a viver agora. Infelizmente, as declarações da direção do Real Valladolid levaram-me a escrever estas linhas", afirmou.
"Tive de pagar as despesas de deslocação e alojamento dos olheiros do Valladolid"
"Gostaria de começar por recordar que, para trazer Juma para o Valladolid, tive de pagar as despesas de deslocação e alojamento dos olheiros do Real Valladolid, investindo o meu dinheiro. Assumi essas despesas porque sabia que era um investimento seguro e vantajoso para todos", revelou Patric Mörk.
"Além disso, quando o clube decidiu contratá-lo, foi obtido um contrato de empréstimo com opção de compra, evitando assim qualquer risco financeiro, e foi negociado um contrato de trabalho com o jogador através de mim. Para este contrato, consciente de que estava a contratar um jogador jovem e desconhecido, mas que se destacava pelo seu enorme potencial, o Real Valladolid exigiu algumas condições que foram aceites praticamente sem oposição ou negociação. Parte dessas condições era uma cláusula de rescisão em que o clube estipulava o preço do jogador para uma rescisão automática do contrato", acrescentou o agente.
"Alguns clubes ofereceram até mais do que o preço estipulado pela cláusula de rescisão, mas o Real Valladolid não aceitou nenhuma. Um desses clubes mostrou especial interesse em Juma e, depois de tentar uma negociação amigável, decidiu, de forma voluntária, consciente e analisando toda a situação, pagar o preço da cláusula de rescisão para libertar o jogador do seu contrato com o Real Valladolid e proceder à sua contratação", explicou Patric Mörk.
E foi mais longe: "O que é condenável, ética e até juridicamente, é que os diretores do Real Valladolid mintam e difamem para esconder as suas decisões anteriores".
"Nem Juma nem eu, o seu agente, nos recusámos a transferi-lo da equipa de juniores para a equipa de reservas ou para a equipa principal. Isso é absolutamente e categoricamente falso. Além disso, o Real Valladolid nunca nos contactou sobre essa mudança de licença. Por conseguinte, quero afirmar que atuei com total profissionalismo, sempre de acordo com a estrita legalidade e os mais elevados padrões éticos, e que foi o Real Valladolid que, em primeiro lugar, não cumpriu os seus compromissos contratuais e, em segundo lugar, está a difamar-me e a insultar-me de forma indecente", concluiu Patric Mörk.