Mas também nos permitem explorar outras estatísticas curiosas que nos ajudam a identificar onde a equipa está a melhorar ou a piorar sem a presença da sua estrela brasileira em campo.
São dados objetivos, imparciais, que não refletem nenhuma subjetividade - muito pelo contrário. Com a ajuda da Opta, analisámos os jogos do Real Madrid esta época 2024/25 em quatro competições: LaLiga, Taça do Rei, Supertaça de Espanha e Liga dos Campeões. No total, 33 jogos oficiais para os merengues.
Vinícius participou em 25 deles, com 17 vitórias, quatro empates e quatro derrotas. Os outros oito, sem ele, resultaram em seis vitórias e duas derrotas. Em termos percentuais, com Vini, a equipa ganha 68% dos jogos, enquanto sem ele a probabilidade de vencer é de 75%. Por outro lado, também há mais hipóteses de perder sem o brasileiro (25%) do que com ele em campo (16%).
Os números mostram que a média de pontos marcados com ele é de 2,2, enquanto sem ele sobe ligeiramente para 2,3.
O que é que isto significa em pormenor?
Um facto a favor do brasileiro é que o número médio de golos também aumenta quando ele está em campo. A equipa de Ancelotti marca 2,6 golos quando Vinícius está em campo, e um pouco menos, 2,5, quando ele está fora. Onde o facto de ele estar ou não a jogar faz uma grande diferença é na métrica de golos esperados, que indica a probabilidade numérica de um determinado remate resultar em golo. Com o Brasil, esse parâmetro é de 57; sem ele, cai drasticamente para 19,7. O que a equipa ganha no ataque, perde na defesa, pois o número de golos sofridos desce de 30,6 com ele para 9,4.
Podemos constatar que a equipa defende melhor na sua ausência, talvez também porque ataca menos ou porque o seu substituto se esforça mais a correr para trás. Seja como for, os dados mostram que a equipa de Ancelotti sofre, em média, 1,3 golos por jogo quando o extremo está em campo e 0,9 golos por jogo quando está ausente.
Quanto aos aspetos mais ofensivos, analisámos a taxa de sucesso de drible, que é ligeiramente melhor quando ele não está a jogar (51,5%) do que quando está (50,5%).
A presença ofensiva do Real é mais visível nos passes para a área, incluindo os cruzamentos. Quando Vini está em campo, o Real Madrid faz 28,3 passes perto do guarda-redes adversário, um número que desce para 23,2 quando ele não está na equipa.
O que é que isto nos diz?
Depois de analisar estes números e desempenhos, penso que é evidente que, quando o brasileiro joga, a sua equipa está mais presente na área adversária, espera-se mais golos e marca-se mais. Por outro lado, o seu trabalho defensivo é posto em causa, uma vez que o Real Madrid, na defesa, está mais seguro sem ele em campo.