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Com uma expetativa quase maior do que a de uma final da Liga dos Campeões, Ancelotti compareceu à conferência de imprensa antes do jogo de quarta-feira contra o Maiorca, pela LaLiga.
Sensação: "A partir do dia 26 vou ser o treinador do Brasil. Continuo a ser treinador do Real Madrid e quero terminar bem esta reta final e esta fantástica aventura aqui. Vão estar muito interessados no que vou fazer, mas tenho de pensar no tempo que vivo. Nestes dias que me restam no Real Madrid estou totalmente concentrado na última parte desta espetacular aventura".
Timing: "Porque a CBF emitiu esse comunicado e a partir do dia 26 eu sou o técnico do Brasil".
Falta de comunicado do Real Madrid: "O Real Madrid vai divulgar o comunicado quando quiser. Não tem problema nenhum. Eles vão fazer isso na hora que o Real Madrid achar melhor. Assim como a CBF divulgou ontem (segunda-feira)".
Quando sabiam que não ia continuar: "No futebol, como na vida, há aventuras que começam e acabam. Eu sempre soube que um dia iria acabar. Foi um período muito bom. Passámos bons momentos, mas há um momento em que chega ao fim. Diverti-me muito e o dia 26 é outro desafio. Nunca tive problemas com o clube e nunca terei. Um dia tinha de acabar e nós ganhámos muito e vai ficar na memória para toda a vida".
"Uma etapa inesquecível"
Comunicado da CBF: "Cada um agiu como quis".
Frustrado com a forma como terminou: "Frustração, não, não porque, no dia em que cheguei, se me dissessem que ganhava 11 títulos em quatro anos, eu assinaria com o meu sangue. Foi um período inesquecível".
Conselho para Xabi Alonso: "Não tenho nenhum conselho para lhe dar, ele tem todas as ferramentas para ser um treinador do Real Madrid no futuro".

Convocatória do Brasil: "Agora tenho de preparar os jogos do Real Madrid, tenho tudo muito claro na minha cabeça, e no dia 26 terei outra coisa para fazer. Não me posso arrepender de nada e quero passar os últimos dias de uma forma fantástica. Dei o meu melhor e os títulos falam por si".
Jogadores chateados: "Não".
Feliz: "Sim, estou muito feliz, se não tivesse a conferência de imprensa hoje seria fantástico, mas há coisas que não posso explicar agora porque estou em Madrid e quero respeitar esta camisola. Queria ganhar a Liga".
Rodrygo: "Teve febre na semana passada e isso não lhe permitiu atingir o seu melhor nível. Hoje teve um desconforto na perna que tem de ser avaliado e depois houve muita especulação. Há um carinho especial por Rodrygo, sobretudo da minha parte. Quando não se está bem, fica-se um pouco desiludido nesse sentido, mas é só isso".

Discurso estagnado no balneário: "Tudo pode acontecer, talvez fosse o momento certo para fazer uma mudança e encaro isso com absoluta normalidade. Foi uma decisão normal acabar aqui".
Sentimentos na saída: "Nem tudo correu na perfeição, mas houve noites inesquecíveis no Bernabéu".
Adeptos possivelmente zangados: "Respeito tudo, são coisas que no futebol se têm de aguentar, como esta".
Se o Real Madrid o queria ou não: "Nunca senti que o Real Madrid não me quisesse. O Real Madrid quer-me. E também se vou para o Brasil no dia 25. O Real Madrid gostou sempre de mim, tem-me demonstrado carinho. Não podia ser treinador do Real Madrid toda a minha vida. Isto acabou por causa de muitas coisas. Talvez o clube precise de um novo impulso. Não faço disto um drama. Mil agradecimentos a este clube, serei madridista para o resto da vida, mas é um período que está a chegar ao fim, um período espetacular. Nunca pensei que pudesse treinar o Real Madrid durante seis anos e isso aconteceu".