O "perdão" a Antony (25 anos) é argumentado da seguinte forma.
"Não deixa de olhar em nenhum momento para a bola que o jogador adversário controla, tentando intercetar com o seu pé esquerdo a trajetória da bola que acaba de ser batida pelo referido adversário, sem que se possa inferir na ação impetuosa do jogador expulso qualquer intenção de contactar com o jogador do Getafe, mas sim de contactar com a bola, embora no final não o consiga fazer", pode ler-se.
"Ele interpretou a ação de forma muito arbitrária e subjetiva"
No entanto, isso não convenceu a ANJADE: "A última resolução do Juiz Único do Comité de Competição obriga-nos a expressar a nossa mais enérgica repulsa e indignação pela decisão de não aplicar a sanção correspondente ao cartão vermelho mostrado ao jogador Antony, no decorrer da 26ª jornada da La Liga, entre o Getafe e o Real Betis".

"Toda a gente conhece bem a frase repetida todas as semanas pelo órgão disciplinar, 'erro material manifesto'. No caso em apreço, o presidente vai mais longe e interpreta de forma muito arbitrária e subjectiva a intenção e os pensamentos de um jogador de futebol que agride outro, distorcendo assim a verdadeira realidade da redação literal da ata e dos factos ocorridos, que, como tantas vezes reiterado pelo Comité, é o documento que goza da presunção de veracidade iuris tantum", acrescentou o organismo.
"Dá a impressão de não saber"
A ANJADE é ainda mais dura, à medida que o comunicado avança.
"Perante as suas decisões, a juíza dá a impressão que não conhece, de todo, o conteúdo da Regra 12 'Faltas e má conduta' das referidas Regras do Jogo, onde o caso em questão está contemplado de forma muito clara e literal, dando a impressão que não conhece, muito menos sabe interpretar o espírito da regra, situação que para qualquer árbitro é bem conhecida e corretamente aplicada", pode ler-se na nota oficial.