Há quem diga que é pão para hoje e fome para amanhã. O facto é que, para cumprir os regulamentos financeiros em vigor no futebol espanhol, o clube precisa de milhões de euros em receitas agora, melhor hoje do que amanhã, para permitir a inscrição dos dois jogadores, especialmente o primeiro, que tem o salário mais elevado.
Apesar do que Joan Laporta disse na Assembleia, contando que o acordo com a Nike seria suficiente, que não tinham querido colocar-se no 1:1 no verão para obter as melhores condições possíveis nesse contrato de patrocínio, agora está a acontecer exatamente o contrário. A venda dos camarotes VIP no novo Camp Nou poderia render belos dividendos no futuro, mas têm de aceitar a primeira coisa que lhes aparece.
Não é mau receber um pouco mais de 100 milhões de euros, claro. Mas as notícias falavam de um montante muito mais elevado na comercialização desses lugares de luxo após a remodelação do estádio. Agora, depois de se ter chegado a um acordo de princípio no Dubai para obter esse valor, a papelada será enviada para a LaLiga.
LaLiga não confia
Mas Tebas e o departamento de controlo financeiro, de acordo com o Flashscore, já avisaram o Barcelona que, até verem algo tangível, não vão ceder. Estão a ser pressionados pelos 19 clubes da LaLiga, que consideram que têm sido demasiado facilitadores com o clube catalão nas últimas épocas, e também eles não confiam nestas promessas de receitas. O exemplo do Barça Vision continua a ser mais do que válido. É por isso que pedem garantias máximas de que o dinheiro chegará efetivamente.
Assim, Laporta tem ainda muito trabalho pela frente para garantir que Dani Olmo e Pau Victor possam estar à disposição de Hansi Flick no seu regresso às competições oficiais.