O lateral-direito tem impressionado o técnico Unai Emery nos primeiros meses no clube, em algumas partidas já disputadas. Em entrevista ao ABC, ele falou sobre a mudança para a Premier League e como aproveitou a chance de assinar com o clube sem pensar duas vezes, depois de ter sido cobiçado pelo Sporting.
"Eu sabia que tudo no Aston Villa era dirigido por espanhóis", disse Garcia numa alusão a Monchi e Unai Emery: "Conheço a carreira do Unai Emery, conheço o tipo de treinador que ele é - tem muita vontade de ganhar, é super competitivo. É algo que também está enraizado em mim. A decisão, quando o Aston Villa me telefonou, foi fácil, porque não podia ser melhor. Toda a equipa técnica é espanhola. Também havia jogadores de grande qualidade, como Emiliano Martinez, Pau Torres e Asensio. Estou rodeado de pessoas maravilhosas, de espanhóis. Mesmo os que não são espanhóis são bons para mim, toda a gente do clube. Não esperava o tratamento espetacular que tenho recebido. No final, cuidam de nós como se fossemos um filho, dão todo o tipo de apoio. A decisão de ir para o Aston Villa foi muito fácil".
O jogador também falou sobre o apoio dos adeptos e como ficou chocado com o ritmo do jogo, que diz ser muito diferente do futebol espanhol, que costuma ser mais lento e tático.
"Lembro-me do primeiro jogo, em que fiquei surpreendido com o ritmo, especialmente nos primeiros 30 minutos, quando as equipas pressionam mais, quando quase não há posse de bola e é um jogo de muitos contra-ataques e recuperações. Mas considero-me um jogador que absorve rapidamente, que se adapta a qualquer ambiente e, como já disse, estou sempre a tentar melhorar o máximo que posso com o que os treinadores me dizem."
Por último, elogiou o ambiente em Inglaterra.
"Penso que aqui o futebol é vivido de forma diferente. Desde o primeiro momento, nota-se um respeito extraordinário por parte dos adeptos - nunca tinha visto isso antes. Lembro-me do primeiro jogo que assisti das bancadas, que foi contra o Celtic na Liga dos Campeões. O ambiente era espetacular. Todos, mesmo que um jogador cometesse um erro, aplaudiam-no ou apoiavam-no. Nunca tinha visto isso antes e pensei que seria o contrário. Pensei que o nível mais alto significaria que os adeptos seriam mais exigentes, mas não. Os adeptos ingleses têm um enorme respeito e penso que vivem o futebol de forma diferente. Isso também ajuda um pouco os jogadores", concluiu.
