Não é a primeira vez nem será a última. A rivalidade entre Pellegrini e Bordalás não é nova e já teve vários capítulos. Não é como Mourinho e Guardiola, mas quase. Cada um vê o futebol de forma diferente e já se defrontaram em várias ocasiões. E enquanto o chileno, no mundo do futebol, sempre foi visto como tendo um estatuto superior, como um amante do futebol de toque e associação, do jogo bonito, Bordalás foi tachado de amargo de espírito e de impor um futebol clandestino e agressivo que beira a legalidade.
O último capítulo foi escrito por David Soria. O guarda-redes, escaldado depois de perder o jogo no Coliseu, atacou Manuel Pellegrini de uma forma que não se esperava. "Fizemos o jogo deles. Eles (os seus jogadores) fizeram o contrário do que o seu treinador apregoa, dizendo que é um amante do futebol, que não perdem tempo... e sempre que joga contra nós, mata-nos sempre. Dos seis minutos que foram acrescentados, três foram jogados. Ele que dê o exemplo, porque por causa desta gente temos má reputação e os outros saem ilesos".
Bordalás também entrou na discussão e apoiou o seu jogador. "Concordo que esta má reputação sempre se deveu às palavras dos colegas de equipa, que nos acusam de perder tempo".
Pellegrini, por seu lado, não quis polémica e limitou-se a comentar a satisfação com a vitória da sua equipa.