A contratação de Vítor Roque, que rivalizava em golos com Endrick, do Real Madrid, era um plano a médio e longo prazo, mas a lesão de Gavi e os problemas com o fair play financeiro puseram tudo a perder. O Barça precisava de um reforço para substituir o internacional espanhol, mas não havia dinheiro para o substituir por um jogador de qualidade. Assim, segundo Deco, Xavi pediu para antecipar a chegada de Tigrinho, prevista para o verão seguinte.
"Quando Gavi se lesionou, por causa do fair play financeiro, não podíamos trazer nenhum jogador importante para esta posição. Foi então que antecipámos em seis meses a chegada e o processo de adaptação de Vítor Roque, que deveria ter acontecido no verão, no início desta época. Erramos", disse em entrevista ao portal brasileiro Globo Esporte, lembrando que "o treinador quis assim. A ideia era que ele chegasse em meados de 2024. Acho que foi penalizado por isso. E essa é a exigência do Barcelona".
A partir daí, entre a inexperiência do jogador, as exigências do próprio Barça e algo mais, Vítor Roque, visto como o sucessor de Lewandowski, não funcionou. "Os seus primeiros seis meses não foram bons. Penso que houve também uma falta de atenção geral por parte da equipa técnica e do clube, na identificação dos problemas que ele tinha, na adaptação e até na cabeça. E nós não fomos capazes de o ajudar nesse sentido".
Felizmente para o Barcelona, que não conseguiu obter qualquer retorno desportivo do jogador, o Palmeiras veio, enquanto estava emprestado ao Betis, onde também não era titular, comprar o seu passe, pelo que conseguiu recuperar grande parte do investimento feito.

Vítor Roque disputou 16 jogos com Xavi, apenas dois como titular, e marcou dois golos.
