Del Nido Benavente desiste da tentativa de recuperar a presidência do Sevilha

José María del Nido Benavente, antigo presidente do Sevilha
José María del Nido Benavente, antigo presidente do SevilhaGOGO LOBATO / AFP

"Vamos manter os pés no chão. Gostaria de ser presidente, vou trabalhar a partir daqui, mas estão a ver a luta em que estou metido. Não tem quartel e não tem hipóteses de vitória. Se não me vão deixar votar, é um problema de cumprimento da legalidade", afirmou o antigo presidente do Sevilha.

José María del Nido Benavente compareceu perante os meios de comunicação social após a Assembleia Geral de Acionistas do Sevilha. O antigo presidente, que possui cerca de 40.000 acções, foi claro sobre o assunto.

"Ganhar votos quando não me é permitido votar? Não há uma verdadeira escolha de projeto e de preço. Vou ouvir toda a gente. Tenho 40.000 acções, são muitas pessoas que têm uma palavra a dizer. Penso que o projeto tem de ser tido em conta, isso é certo. Se a venda for efectuada, todos teremos de chegar a um acordo. Não vou colocar o Sevilha em leilão porque não tenho outra proposta para além da de Lappí", afirmou.

No entanto, não sabe se a venda é a única saída: "Não sei se a venda é a única saída, mas é necessário procurar uma saída para que os que lá estão deixem de governar. Ver um presidente, com uma vitória por 3-0 no Enel Pizjuan, ser assobiado por 90% do público é um pouco mais estranho".

Falência

Del Nido Benavente explicou por que razão tem estado menos ativo do que noutras assembleias.

"Esta luta sem tréguas para tentar evitar que o clube desapareça parece não ter fim. Parece que ninguém aqui se apercebe de que aquilo que anunciei há quatro anos, e pelo qual me chamaram mentiroso e profeta da desgraça, é agora uma realidade", afirmou.

"A instituição está falida, independentemente dos números que queiram ver. O resultado disso reflete-se, infelizmente, no campo. Há muitos sevilhanos que participaram na direção que me desiludiram", concluiu o antigo presidente.