David Aganzo não está nada satisfeito com o não adiamento do Real Madrid - Osasuna do próximo 19 de agosto (20:00 horas) e assim o expressou durante a sua última entrevista, na qual deixou claro que considera que esta decisão põe em risco a saúde dos jogadores merengues, que vão enfrentar a partida com apenas 15 dias de pré-temporada nas pernas.
"Penso o mesmo que explicámos ao Juiz nas nossas alegações: que se trata de um assunto que transcende o quadro normativo do desporto porque põe em risco a saúde dos jogadores. Assim o diz a Lei do Desporto e assim o diz também o Estatuto dos Trabalhadores. Os jogadores são trabalhadores do futebol e não faz sentido forçar uma situação em que a sua saúde é posta em risco", afirmou o antigo futebolista e agora presidente do sindicato AFE.
Para o dirigente da associação, é urgente que certos aspetos sejam modernizados, adaptando-se à realidade atual do futebol: "É uma resolução dos velhos tempos. Não avançamos se estivermos a falar de uma competição em que as relações laborais não têm qualquer relevância. Segundo a vossa decisão, uma greve seria, acaso, força maior? O que aconteceria aí? Com este tipo de interpretações não avançamos", afirmou.
Por outro lado, Aganzo pede coerência à LaLiga, que continua obcecada em que o Mundial de Clubes é prejudicial e, por isso, quer dar um castigo ao Real Madrid, que participou nele: "Temos de esquecer as guerras políticas e colocar a saúde dos jogadores à frente de qualquer dificuldade que exista entre instituições", disse.