Recorde as incidências da partida
O bilhete para a Europa era um prémio demasiado doce para ser deixado escapar por entre os dedos. Para o conseguir, havia apenas dois requisitos: tratar bem a bola e procurar a baliza adversária. Tal como Pellegrini e Iraola querem que as suas equipas joguem.
Foram os Rayistas, mais necessitados, os primeiros a dar o primeiro aviso, mas Álvaro García encontrou Bravo e Isi com o poste a impedir o primeiro golo. Ainda nem um minuto tinha passado. A promessa era grande. E cumpriu-se, embora do lado dos verdiblancos. Sabaly rematou com o pé esquerdo à entrada da área ao ângulo superior. Imparável, que golo, que remate do lateral-direito.
Os vallecanos não se deixaram intimidar e continuaram com o seu plano de pressão sobre o adversário. Isi Palazón esteve perto de voltar a marcar, mas voltou a encontar Bravo e o poste.
Nesse momento, o Betis deixou cair as suas revoluções. William Carvalho e Guido são especialistas no terreno e, apesar de terem perdido dinamismo, a sua equipa ganhou controlo, que era o que precisava.
Iraola, no flanco, desesperou porque a sua equipa não conseguiu voltar a libertar a caixa de Pandora. Queria velocidade e verticalidade, mas só Isi, observado de perto, mostrava a sua inspiração habitual. De Tomás tentava, mas longe da área. E foi então que, em cima do intervalo, surgiu o segundo golo do Betis. Canales cobrou um canto, Willian José desviou e Ayoze completou à boca da baliza para fazer o 2-0.
Rayo não se intimida
Quem conhece o Rayo sabe que jogam da mesma forma, ganhando ou perdendo, e que a ideia costuma dar certo. E foi apenas aos seis minutos da segunda parte que Fran García, futuro jogador do Real Madrid, fez um cruzamento perfeito para Comesaña, que mergulhou para cabecear e fazer o 2-1.
O Betis sofria e, pela terceira vez, teve de rezar ao deus da trave, quando o remate de Trejo foi repelido pelo travessão. Mais uma vez, a trave foi contra o rayista.
Com o jogo aberto, as oportunidades sucediam-se. Isi teve outra oportunidade, tal como Guido na outra ponta. Mas foi aos 96 minutos que Borja Iglesias, a passe de Joaquín e com o Rayo já de pernas para o ar, selou a vitória do Betis, que está com sete pontos de vantagem para o sétimo classificado e a sete pontos da Liga dos Campeões. O sonho é livre.