Luís Figo não é conhecido por ser politicamente correto. Prova-o sempre que tem oportunidade com os seus comentários polémicos nas redes sociais e reforça as suas posições sempre que dá uma entrevista.
Nesta ocasião, o português encontrou-se com Iker Casillas, com quem conviveu no Real Madrid entre 2000 e 2005, e tiveram uma conversa de quase uma hora, na qual deixaram muitas pistas.
Uma das respostas mais interessantes foi dada a Gerard Piqué, que lhe perguntou sobre a sua passagem pelo Barça e se ainda tinha algum carinho pelo clube catalão: "Quando cheguei ao Barcelona identifiquei-me muito com o clube, com a filosofia de jogo, com as pessoas. Quando lá estive, dei tudo o que tinha. Senti-me mais um. Se calhar é por isso que, quando damos tudo o que temos e sentimos que não somos reconhecidos por isso, ficamos ainda mais chateados. Senti-me identificado ao máximo com o clube e os anos que lá passei foram fantásticos, sempre o disse. Nunca vou negar o meu passado", afirmou Figo.
A partir daí, falou dos seus primeiros meses em Madrid: "Nas primeiras semanas, fui apoiado por muitas pessoas que já conhecia, como Fernando Hierro e Raúl. Cheguei num momento de transição, com uma mudança de direção. Cheguei e não havia ninguém para me levar aos treinos. Lembro-me que a pessoa que me ia sempre buscar ao hotel era o Pirri, e vivi nesse hotel durante três meses".
A última Bola de Ouro
Luís Figo ganhou a Bola de Ouro em 2000, quando o mundo do futebol ainda dava credibilidade ao prémio. Por isso, foi questionado sobre em quem teria votado para a edição de 2024, caso tivesse podido fazê-lo. O seu testemunho não foi desperdiçado.
"Pensa-se sempre que se vai ganhar e se não se ganha é uma desilusão. Acho que quem ganhou fez tudo para ganhar. O Rodri, que ganhou o Campeonato da Europa, merece ganhar. Mas o Vinicius também mereceu. Ganhou a Liga dos Campeões, fez um ano impressionante. Se tivesse de votar, no ano passado votaria no Rodri e este ano talvez no Vinicius", afirmou.