O salto para a Europa e os grandes sonhos
Embora ainda não tenha atingido a maioridade, Mastantuono já é muito claro sobre o que quer: conquistar um lugar num dos clubes mais exigentes do planeta e, se o desempenho o acompanhar, representar a Argentina no Campeonato do Mundo de 2026.
"O meu objetivo é adaptar-me, começar a jogar e ganhar títulos com o Real Madrid. Não estou a pensar na Bola de Ouro, estou a pensar em competir, ganhar a Liga dos Campeões, deixar uma boa imagem", disse com uma maturidade impressionante.
"A Liga dos Campeões sempre foi um sonho. Eu via-a como algo distante, como vemos a Libertadores aqui. Poder disputá-la é uma emoção enorme", assumiu.
Um olhar familiar e calma no meio do barulho
"Não foram dias fáceis para os meus pais, não porque tenha sido uma coisa má, mas porque era tudo muito novo. Ver-me na televisão a toda a hora? Mas eles aceitaram bem. A minha família é calma, muito discreta, e isso ajudou-me a não perder a concentração", explicou.
Apesar do interesse global e da mudança de vida que a passagem para a Europa implica, o jovem mantém a mesma ligação de sempre com a sua comitiva: "Continuamos a falar das mesmas coisas que antes, não é o facto de eu estar agora no Real Madrid que mudou a nossa relação".
Mundial-2026 no horizonte
Com o lugar assegurado no Real Madrid quando completar 18 anos, Mastantuono não esconde o sonho de voltar a vestir a camisola azul e branca.
"Sempre foi um sonho meu estar na seleção nacional. E pude realizá-lo quando estava no River. Por isso não descartei nada, nem pensei que tinha de sair para ter uma oportunidade. Mas, claro, se estou bem em Madrid, porque não sonhar em estar no Campeonato do Mundo? É um sonho jogar com aqueles que já lá estiveram, mas sei que depende do meu desempenho e da equipa técnica", assumiu.
"Não me sinto com 17 anos"
Quando questionado sobre a sua pouca idade e a sua surpreendente maturidade, Mastantuono foi direto: "Passei por muitas coisas quando era muito novo. Sair de casa, viver numa pensão... tudo isso fez-me crescer rapidamente. Não me sinto com 17 anos. Pensar 'estou a crescer lentamente porque sou um miúdo' seria conformista e isso não me convém. Esta é a minha vez e quero encará-la com responsabilidade. Tento não pensar na idade que tenho, mas sim em como enfrentar o que está para vir."