Em conferência de imprensa, Iñaki Williams explicou o que significa de liderar o Athletic desta forma. "Ser o primeiro capitão negro do clube significa muito. Parece uma coincidência quando a minha mãe e o meu pai me tiveram em Bilbau... mas é o destino. Temos a sorte de representar muitas pessoas que vêm de fora para ganhar o pão e ser uma referência, tanto no País Basco como em Espanha, é importante".
E, além disso, aproveitou a ocasião para lançar uma mensagem política. "Somos pessoas de família humilde e expor isso é bom para todos. A extrema-direita está na moda e nós, que temos voz, vamos tentar continuar a calar bocas e a derrubar barreiras”.
Além disso, salientou que se encontra num ótimo momento. "Estou num momento de maturidade muito bom. Cresci a ver os melhores e tive grandes capitães. Pensava que ia pesar um pouco mais, mas estou preparado. Quem diria quando cheguei ao Athletic nos juvenis. É uma alegria imensa vir da formação e afirmar-me na equipa principal até conseguir realizar os meus sonhos".
Também se referiu à renovação do irmão. "A nível familiar foi um pouco complicado porque se falou muito do meu irmão e muito do que se disse sobre o Nico é mentira. A única coisa que ele fez foi manter-se em silêncio. Todos têm o direito de pensar e refletir sobre o seu futuro".
E acrescentou: "O Nico pôde escolher porque teve muitas ofertas e foram muitas as equipas que concorreram por ele, já que é um jogador de altíssimo nível. Aconteceram coisas que mancharam muito, como vandalizar o mural, partiram um vidro do carro dele...Ele decidiu com o coração e com ambição. Decidiu ficar connosco e deixar aqui o seu legado, tal como Julen Guerrero fez no seu tempo, e ser uma referência por querer fazer aqui o seu caminho”.