Javier Tebas tornou pública a sua reação às últimas notícias do Conselho Superior de Desporto(CSD) através das redes sociais. O dirigente que lidera o campeonato espanhol não se conteve e aponta o presidente do CSD e Florentino Pérez - não menciona este último, mas deixa bem claro que se refere a ele - como os principais responsáveis por "pretenderem desmantelar os sistemas que funcionam na LaLiga e que têm o apoio maioritário dos clubes".
O principal dirigente visível da LaLaliga começou por descrever o que se passou com a providência cautelar de Dani Olmo e Pau Víctor como uma "tragicomédia" e disse que "muitas coisas são surpreendentes na recente medida", antes de passar a descrever, ponto por ponto, tudo o que não lhe convém no processo.
A parte mais dura da carta de Tebas começa quando fala dos artigos da RFEF que impediam a reintegração dos futebolistas: "Em nenhum momento se mencionam os artigos dos regulamentos da RFEF que impediam o licenciamento dos jogadores, que é a chave da questão e não o controlo económico. Um esquecimento intencional?"
"É evidente que, com esta medida cautelar, o CDS contradiz o que está escrito nas razões da Lei do Desporto, que elogia o controlo económico da LaLiga. Este controlo, admirado em todo o mundo, foi fundamental para salvar da ruína numerosos clubes históricos e para conseguir uma competição integrada dentro e fora do campo. No entanto, o CSD põe isso em causa, demonstrando mais uma vez um desconhecimento dos efeitos das suas decisões (o que não é a primeira vez)", acrescenta.
Por fim, o dirigente reacende a sua guerra com Florentino Pérez, sem o mencionar, apontando diretamente para o uso que este faz habitualmente das queixas sobre a competição e os árbitros: "O presidente do CDS parece dar ouvidos a uma única voz (presumivelmente a do presidente merengue, nota da redação), que não representa o futebol profissional espanhol. E essa voz, curiosamente, mantém um silêncio cúmplice neste caso. Onde está agora a Real Madrid TV?", conclui.