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Kirian supera novamente o linfoma de Hodgkin: "Tenho alta médica e competitiva"

Kirian Rodríguez numa partida com o Las Palmas
Kirian Rodríguez numa partida com o Las PalmasFoto por JUAN MANUEL SERRANO ARCE / GETTY IMAGES EUROPE / Getty Images via AFP
Kirian Rodríguez compareceu esta quarta-feira perante os meios de comunicação, no Estádio de Gran Canaria, e confirmou que já recebeu alta médica, podendo regressar aos relvados em breve, ainda que sem estabelecer uma data para o regresso.

 

O médio, capitão e peça fundamental da UD Las Palmas, tanto na elite do futebol espanhol como na LaLiga 2, falou em conferência de imprensa para atualizar o seu estado de saúde. E as notícias não podiam ser melhores: Kirian está totalmente recuperado da doença e poderá voltar a estar às ordens de Luis García muito em breve.

Recorde-se que, no início deste ano, o jogador anunciou uma recaída do linfoma de Hodgkin, que tinha enfrentado pela primeira vez em 2022, situação que voltou a interromper de forma abrupta a sua carreira. Nestes meses, a prioridade foi recuperar a saúde, mantendo sempre o futebol como objetivo no horizonte.

Kirian, peça-chave do Las Palmas

Kirian competiu pela última vez no dia 3 de fevereiro, quando os insulares sucumbiram por 2-1 na visita ao Girona. O "20" foi titular nesse encontro, como também tinha sido nos quatro compromissos da equipa amarela ao longo do ano. E prova da sua importância no plantel, os 22 jogos que disputou em menos de seis meses.

Na temporada anterior, de facto, Kirian Rodríguez destacou-se como goleador graças ao seu bom remate de fora da área e à sua capacidade para aproveitar segundas jogadas - marcou seis golos e fez duas assistências em 37 atuações pelo Las Palmas. Além disso, teve uma média de sete pontos (em 10) por jornada segundo as notas do Flashscore.

"Passei 25 dias no hospital a realizar um autotransplante"

O médio, emocionado por momentos, anunciou o seguinte: "Gosto de dar as notícias em primeira pessoa. Tenho alta médica e competitiva, embora não esteja curado porque um paciente oncológico precisa de cinco anos, daí a minha recaída. Poderei dar uma pancada num colega, e vice-versa, ou olhar de lado para o treinador quando não me incluir nas convocatórias".

"Deveriam levar isso como algo pessoal. Espero que a primícia seja paga e tenha uma recompensa, mas entendam a posição do Larri (o diretor de imprensa) quando pedem uma entrevista. Eu digo-lhe que não porque, se não respeitarmos a privacidade, entendam que temos a coragem de dizer que não. Queria ser crítico. Havia amigos meus que nem sequer sabiam da notícia", argumentou sobre o facto de a informação ter sido novamente divulgada.

"Talvez não saibam, mas no final de maio passei 25 dias no hospital para realizar um autotransplante. Depois tive 100 dias de precaução porque me recomendaram repouso em casa, embora isso não tenha existido porque, desde que saí, estive a treinar no Barranco Seco. Tenho participado com o grupo e fui entrando em exercícios. Com o passar das semanas, além da questão do cabelo, fez com que os colegas vissem que eu já não estava com um aspeto tão ruim", destacou.

Sem pressa e sem pausa

"Acho que preciso de semanas e treinos. Isso vai dar-me ritmo pouco a pouco. Afinal, na pré-temporada há jogos para ver o jogador, e agora não os temos. Estarei pronto para participar o mais rápido possível", afirmou o médio, que também fez referência a uma conversa recente com Pimienta, a quem disse que ia ter "calma".

"Passei no exame médico porque era para a categoria diferente. Tornaram-me mais fácil do que aos outros. Tentei fazer alguns movimentos e pouco mais. No primeiro dia em que falei com o treinador, ele disse-me que tentaria adaptar quase todos os treinos para que eu pudesse fazer tarefa", indicou também.