Kroos surpreendeu muita gente com a sua decisão de se retirar depois de ter jogado pela Alemanha no Euro no verão passado.
"Não acordei um dia e disse: 'Tenho de me retirar.' Pensei nisso durante meses. No ano passado, já tinha pensado em parar, depois renovei o meu contrato com o Real Madrid por mais um ano, porque eles realmente me queriam. Mas a minha ideia sempre foi terminar assim e, felizmente, consegui", disse, em entrevista ao El País.
Para Kroos, era fundamental deixar o futebol num bom momento: "É melhor sair no melhor momento. Vou embora com um sentimento maravilhoso, porque fui eu que tomei a decisão. Não queria que um treinador, a minha família ou o meu corpo me dissessem quando devia parar".
Durante a entrevista, Kroos também defendeu o papel muitas vezes subestimado de um médio-centro: "É uma posição-chave no futebol moderno, basta ver o que aconteceu no Manchester City sem Rodri. Quando ele está lá, tudo funciona e ninguém percebe. Quando ele não está, nota-se imediatamente".
Oa lemão recordou como os adeptos do Real Madrid associaram as dificuldades da equipa à sua ausência: "Desde que me retirei, sou adepto do Real Madrid. Ouvi as pessoas dizerem: 'Ah, é porque o Kroos não está aqui.' E eu só esperava que a equipa funcionasse bem e que parassem de dizer isso".
Por fim, falou sobre a relação entre jogadores e imprensa: "Na Espanha, há muita paixão e pressão, às vezes mais do que na Alemanha. As críticas? Às vezes são injustas. Mas, mesmo quando exageram, isso não é real. É preciso saber lidar com isso".
"Alguns jogadores são influenciados, outros acham graça. Mas é preciso entender que não é pessoal: os jornalistas estão a fazer o seu trabalho, a tentar vender. Há bons e maus jogadores, assim como há bons e maus jornalistas", finalizou.