Athletic 3-0 Girona
6 de outubro de 2024: esta foi a data da última derrota caseira do Athletic. Esse resultado negativo (2-1) aconteceu em Montilivi, onde Álex Berenguer e Ander Herrera falharam ambos os penáltis num encontro fatídico. Para além do facto de o atual campeão da Taça do Rei defrontar uma equipa que tinha disputado a Liga dos Campeões até há poucos dias, o que aconteceu na primeira mão deu um novo incentivo à visita dos catalães a San Mamés.
Arnau Martínez foi retirado do onze inicial no último minuto devido a um desconforto durante o aquecimento e Alejandro Francés entrou para o seu lugar. No início, as notícias estavam mais nas bancadas - e não só devido à atenção exigida a um espectador - do que no relvado, já que as oportunidades de golo eram escassas e as disputas entre as diferentes secções dos adeptos estavam num novo capítulo. O consenso acabou por surgir sob a forma de um cântico forte e uníssono que não deixou margem para dúvidas.
Oihan Sancet foi o encarregado de tentar a sua sorte no início e Óscar de Marcos foi mais tarde encorajado com um tímido remate. Os anfitriões estavam mais confortáveis e tiveram vários cantos a seu favor num curto espaço de tempo. Iñaki Williams podia ter marcado à passagem da meia-hora, mas Paulo Gazzaniga impediu o golo do internacional ganês, que teve outra oportunidade antes do intervalo.
Uma rasteira em Mikel Jauregizar dentro da área fez com que Sánchez Martínez fosse para o monitor. O árbitro achou que era suficiente para assinalar a grande penalidade, que foi brilhantemente convertida por Sancet, que marcou dois golos ao fazer a ligação com Berenguer, que se retirou com uma ligeira lesão. O cruzamento quase foi cabeceado pelo médio ofensivo de Pamplona, que tinha estado na baliza do Real Betis.
Gazzaniga, que tinha evitado o golo de De Marcos com uma intervenção sensacional, ainda teve de suportar o aguaceiro de uma tarde muito longa. A segunda parte não sofreu grandes alterações, com apenas um remate de Bryan para os visitantes. Jauregizar, ensombrado pela atuação brutal do seu companheiro de equipa, tentou participar numa festa que teve o recém-entrado marroquino como coadjuvante. O ex-jogador do Barakaldo fez quase tudo bem desde o momento em que entrou em campo.
Perante um adversário que estava quase morto na água, Oihan não podia ir para casa sem a bola. Para isso, claro, tinha de marcar mais um golo. E, a poucas horas da gala dos prémios Goya 2025, o "8" vermelho e branco deu forma a um espetáculo cinematográfico ao marcar o 3-0 definitivo com uma "picadita" magistral. E ele tinha acabado de perder uma chance clara no mano a mano que Blind salvou no último momento.
Celta de Vigo 3-2 Betis
O Real Betis começou a fazer estragos graças às constantes recuperações de bola no meio-campo adversário. O duplo pivô formado por Marc Roca e Johnny Cardoso ofereceu a Isco Alarcón maior liberdade no ataque, embora o criativo não tenha sido o principal protagonista no início do jogo. Os visitantes estavam mais confortáveis em campo, embora Pablo Durán tenha ameaçado com um remate que foi bloqueado por Adrián San Miguel.
Depois de Romain Perraud, que recebeu o quinto cartão amarelo contra a Real Sociedad, surgiu o brilhante golo de Antony Matheus. Ainda não tinha sido atingido o quarto de hora quando o extremo emprestado pelo Manchester United pegou na bola dentro da área e a colocou de forma primorosa, num lance que fez lembrar o emblemático golo de Ronaldinho Gaúcho contra o Chelsea, no canto direito da baliza de Vicente Guaita.
A situação não melhorou para o conjunto celeste, que sofreu o segundo golo aos 22 minutos, por intermédio de Diego Llorente, na sequência de um canto. Só um erro dos visitantes que levou a um remate certeiro de Iker Losada, emprestado pelos próprios verdes e brancos, animou os adeptos, que viram Cédric Bakambu - na sequência de outro canto - e Jesús Rodríguez acertarem na trave quase de imediato.
Uma tripla tentativa no final da primeira parte, com uma cabeçada de Javi Rodríguez, deu confiança ao Celta para a segunda parte. O Celta tinha melhorado a sua capacidade ofensiva e os sevilhanos deram vários passos atrás devido às investidas da equipa da casa. Apesar do resultado, apenas Manuel Pellegrini alterou o onze após o intervalo, fazendo entrar outro Rodríguez (Ricardo) para tirar de campo o único jogador advertido.
Pouco se passava e Fran Beltrán decidiu espreitar por cima do varandim da área, num lance que acabou por mudar tudo, com o médio a puxar pelo exterior (e pelo coração) para fazer o 1-2. E antes que o Betis pudesse assimilar o revés, o Celta voltou a igualar o marcador através de uma bela jogada de equipa que o já referido Javi empurrou para a baliza após um erro grosseiro e incompreensível de Adrián.
O recém-entrado Ez Abde esteve a centímetros - derrubando as garrafas de água do guarda-redes - de marcar o terceiro. Giovani Lo Celso também entrou em campo para tentar recuperar a liderança, mas o argentino não teve o mesmo impacto que o sueco Williot Swedberg, que provocou a euforia em Balaídos com um golo aos 87 minutos.
Outros resultados
