Sevilha 0-1 Athletic
É agradável ver como o Athletic respeitou o processo de Ernesto Valverde. Recém-qualificados para os quartos de final da Liga Europa (onde vão defrontar o Rangers), os leões foram em frente, somando mais uma vitória e consolidando assim a sua posição no quarto lugar da Liga, com 52 pontos, muito longe dos 44 que o Villarreal tem no quinto lugar (com um jogo a menos).
Nyland foi o responsável por segurar o Sevilha na primeira parte. O guarda-redes foi aplaudido de pé pelos adeptos do Sevilha depois de ter defendido uma grande penalidade cobrada por Vesga. Lukébakio e Ejuke tentaram gerar perigo para a equipa local. Do lado dos visitantes, Berenguer foi o mais consistente. O extremo do Athletic, de facto, acertou na trave em cima do intervalo.
O Sevilha, depois da defesa de Nyland, entrou com tudo na segunda parte. Logo no início, Lukébakio quase provocou um erro na defesa do Athletic, que foi compensado por Unai Simón.
Os sevilhanos tiveram a oportunidade mais clara do jogo com uma boa jogada colectiva que Ejuke não conseguiu finalizar aos 56 minutos. Dois minutos mais tarde, Carmona, com um remate surpreendente, causou problemas a Unai Simón, que mais uma vez respondeu em beleza.
Nico Williams faz renascer o Athletic
O Athletic, apesar da enxurrada de opções do Sevilha, não ficou parado: Kike Salas foi providencial para travar um ataque de Iñaki à procura de profundidade. A entrada de Nico Williams (59'), por outro lado, trouxe versatilidade e força ao ataque dos visitantes, que assumiram o controlo do jogo no final da segunda parte.
Nico Williams, de facto, quase marcou aos 74 minutos, não fosse uma boa intervenção de Nyland e Kike Salas, que o bloquearam na área. O Sevilha estava a passar um mau bocado. A equipa da casa não conseguia sair do seu meio-campo na fase final do jogo.
Nyland, mais uma vez, salvou o Sevilha aos 81 minutos, ao parar um remate de Inaki Williams, que aproveitou uma excelente sessão de Sannadi.
Foi apenas uma questão de tempo até que o Athletic, que tanto tentou, se viu a ganhar por 0-1 aos 83 minutos. Yeray, um dos melhores jogadores da equipa de Bilbau ao longo da época, colocou os visitantes em vantagem. Berenguer cobrou um livre de forma perfeita e Yeray cabeceou sozinho para o fundo das redes. Finalmente, a equipa de Ernesto Valverde estava a quebrar a muralha do Sevilha.
O Sevilha tentou reagir após o golo de Yeray. O Athletic, no entanto, resistiu e conquistou três pontos de ouro na luta pelos lugares europeus.
Leganés 2-3 Betis
Da magia na Liga Conferência, à irregularidade habitual na LaLiga. O Betis continua a não conseguir encontrar o equilíbrio. A estabilidade. A calma. Os andaluzes habituaram-se a manter os seus adeptos em constante sofrimento. A passar da desolação de estar a perder por 2-0 para a euforia do 2-3.
Puro Betis, pouco mais há a acrescentar.
O Leganés é uma daquelas equipas que se sente confortável sem a bola. Espera e parece adormecida, tranquila, até que um erro do adversário desperta uma fera que gera contra-ataques e maravilhosas transições defesa-ataque que se impõem. Dani Raba aproveitou dois erros de um Betis pálido durante o primeiro tempo em Butarque. Os dois golos do médio da Lega (25' e 44'), que retratam um Betis que domina a bola, mas não tem profundidade.
O Betis tentou limpar a má imagem que deixou no primeiro tempo desde o início da segunda parte. Aos 46 minutos, Pablo Fornals, com um remate certeiro, quase fazia o desconto para os andaluzes. Antony foi o jogador que mais se movimentou no ataque do Betis. Cucho Hernández, recém-contratado pela equipa de Manuel Pellegrini na janela de transferências de inverno, teve um papel secundário na fase inicial do jogo.
Aos 62 minutos, Dimitrovic controlou mal uma bola e derrubou Bakambú na área. O árbitro, sem hesitar, decretou penálti a favor do Betis. Isco converteu a grande penalidade e fez o 2-1 para os visitantes.
Com o golo de Isco, o jogo ficou mais calmo. Aos 68 minutos, o golo de Miguel foi anulado por fora de jogo de Diego González. Dimitrovic, um minuto depois, evitou o empate ao parar um grande remate do jovem Jesús Rodríguez. O Betis foi recompensado pela sua persistência e Dimitrovic pagou por outro erro quando fez uma má desmarcação e deixou uma bola morta para Bakambu. O avançado fez o 2-2 aos 78 minutos e deu esperança à sua equipa.
Na sequência de um canto e com Butarque a aplaudir a sua equipa, o Betis viu-se a ganhar por 2-3. Cucho Hernández marcou o seu primeiro golo com a camisola do Betis, com um remate de pé direito após uma boa jogada de equipa durante uma bola parada.
Miguel, aos 91 minutos, quase fez o 3-3 para a Lega: o jogador da equipa dos Pepeños aproveitou um mau passe de Adrián para cabecear uma bola que passou muito perto da baliza rival.
