Atlético Madrid 2-0 Villarreal

Ninguém podia acreditar que o Atleti que entrou em campo contra os amarelos era o mesmo que tinha protagonizado o pior início de LaLiga na era Simeone. Foram 20 minutos de plenitude e êxtase, de intensidade contagiante, de velocidade de pensamento e de execução. E de golo, o de Pablo Barrios a passe de Julián Álvarez após uma boa pressão de Giuliano sobre Cardona. Um espetáculo que os adeptos desfrutaram, recriando um ambiente de Liga dos Campeões frente a um rival também da máxima competição continental.
Mas o Villarreal de Marcelino é uma equipa madura que sabe que há momentos para atacar e outros para defender. Coube-lhe o segundo nos primeiros 20 minutos. Não se descompôs nem com o 1-0 nem quando Giuliano falhou um remate fraco para fazer o segundo. Pelo contrário, aguardou pacientemente até aparecer a sua oportunidade. No plural, melhor. Porque teve duas com Moleiro. Um mano a mano com Oblak e um remate cruzado após ultrapassar Llorente. Faltou pouco em ambas para empatar.
O jogo ficou então equilibrado, com alternativas, com várias chegadas, mas os defesas também quiseram a sua quota de protagonismo. Para pôr a cereja no topo de uma primeira parte divertida, a trave ficou a tremer durante vários minutos após um livre de Pépé. Que remate e que lamento dos groguets.
O jogo recomeçou sem Julián, por precaução, e com o Submarino a querer emergir à superfície, mas encontrou um mar agitado: Llorente teve fé durante 50 metros de condução e qualidade para cruzar para o segundo poste, onde um ciclone chamado Nico González apareceu de trás para finalizar. O último reforço do Atlético, titular e estreante com apenas um treino, mostrou a ambição que o Cholo quer para marcar o 2-0.
Marcelino abanou a árvore com uma tripla alteração: um novo duplo pivô e a entrada de Ayoze. Tarde demais. O Atleti já estava novamente lançado com a inércia do golo e até marcou um terceiro, de Lenglet, que não contou por empurrão prévio. Não precisou. O único que inquietou os madrilenos foi a fadiga muscular de Nico e Le Normand, assim como o golpe na tíbia de Hancko. Nenhum dos três pôde continuar. Com muitas interrupções, o jogo terminou antes do apito final, já resolvido com a primeira vitória do Atlético na temporada e a primeira derrota do Villarreal.
