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LaLiga: Barça impotente perante o monstro do Leganés (0-1), Betis sobrevive (1-2), Atlético em segundo (1-0)

Atualizado
Dmitrovic fechou a baliza a sete chaves
Dmitrovic fechou a baliza a sete chavesJosep LAGO / AFP
O Barcelona está determinado a tornar a LaLiga emocionante, mas o principal problema é que perdeu o toque de bola, a solidez defensiva e a capacidade de marcar. Contra o Leganés, que marcou no início e defendeu o resto do jogo, sofreu a segunda derrota consecutiva em casa e somou apenas cinco pontos em 18 possíveis O Atlético de Madrid teve mais dificuldades do que o expectável, mas manteve a sequência de vitórias ao bater o Getafe, para a LaLiga, por 1-0, graças a um golo de Sorloth. O Betis quebrou a maré de azar na LaLiga ao fazer o mais difícil, vencendo o Villarreal por 1-2, fora de casa, depois de jogar praticamente uma hora reduzido a 10. Já a Real Sociedad foi anulada pelo Las Palmas, de Essugo e Fábio Silva (castigado).

Barcelona 0-1 Leganés

O Barça tinha uma missão clara, dado o potencial ofensivo teórico: não sofrer golos após seis jogos consecutivos a conceder. 

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Aos três minutos, o Leganés, depois de Iñaki Peña ter ganho um frente a frente com Munir, festejava o golo de Sergio González após um erro de marcação infantil. Grande alegria para os pepineros e caras de espanto para a equipa da casa.

Desconfortável, a equipa de Flick reagrupou-se em torno de Raphinha. O brasileiro fez uma assistência fantástica para Lewandowski empatar, mas o polaco falhou o que nunca falha na área, fazendo de Dmitrovic um herói. Os flancos faziam estragos: o cruzamento de Balde foi cabeceado por Raphinha, que obrigou Dmitrovic a fazer a ligação com a trave para evitar o golo. O guarda-redes sérvio também voltou a deixar Lewandowski amargurado ao esticar um tornozelo milagroso.

 

Após o intervalo, os catalães pressionaram com mais ritmo, enquanto o Leganés adiantou linhas de pressão para dificultar e, se recuperasse a bola, para estar mais perto de Iñaki Peña. Funcionou tão bem para a equipa de Borja Jiménez que Flick teve de abanar a árvore, retirando Lewandowski e Dani Olmo da equação e fazendo entrar Ferran e Fermín logo após os 60 minutos.

Mas aí foi quando os madrilenos se enfiaram na sua própria área para resistir ao que viesse. O único lance que não resolveram, Koundé não aproveitou e atirou ao lado. O Barça, impotente, caiu perante um monstro como o Leganés, que respira mais longe da zona de despromoção.

Villarreal 1-2 Betis

Duas equipas com o mesmo objetivo europeu, duas equipas que jogam bem à bola, duas equipas em maré negativa que acumulam várias jornadas sem vencer. Foi assim que o Villarreal de Marcelino e o Betis de Pellegrini se defrontaram no La Cerámica.

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A primeira coisa que chamou a atenção, para além das imprecisões iniciais, foram os assobios para Ayoze. Ou havia milhares de adeptos do Betis infiltrados entre os adeptos amarelos, ou a acústica da secção visitante do estádio era tão alta que dava gosto ouvi-los. O facto é que os adeptos verde-e-brancos não lhe perdoaram a traição de preferir o Submarino às 13 Barras e, de cada vez que tocava na bola, os assobios soavam.

E ouviram-se mais assobios, mas desta vez para todos os jogadores da casa, quando, depois de vários minutos de domínio avassalador dos visitantes, Vítor Roque apareceu com mais fome do que Bailly para rematar a cruzamento de Abde para o fundo das redes de Luiz Júnior.

A alegria do 0-1 durou, no entanto, apenas um par de minutos. Na ânsia de cortar um contra-ataque, Chimy Ávila fez uma manobra imprudente sobre Álex Baena. O árbitro Cuadra Fernándeaz não hesitou em expulsar o argentino, apesar de as imagens mostrarem claramente que não tocou no internacional espanhol. No máximo, deveria ter sido um cartão amarelo, mas o árbitro manteve-se firme, sem VAR nem nada. E o Betis teve de se defender nos últimos 10 minutos da primeira parte, perante o cerco da equipa da casa.

As estatísticas da partida
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Não só resistiram como, logo após o recomeço, Lo Celso fez valer a lei do ex. Pediu perdão, mas só depois de surpreender um Luiz Júnior de reflexos lentos com um livre direto. Um toque subtil, não muito forte, que fez o 0-2.

O Villarreal, enfurecido, partiu para o ataque com ainda mais ímpeto ecomo resultado desse ímpeto surgiu o 1-2, obra de Baena, que, com o seu domínio de peito, ludibriou Vítor Roque com o seu domínio de peito e rematou de perto para o fundo das redes de Vieites.

Felizmente para o Betis, no ataque seguinte Sabaly apareceu debaixo dos postes para impedir o golo do empate de Yeremi Pino. O susto não impediu que Abde saísse das trincheiras e inventasse um contra-ataque que Vitor Roque não conseguiu finalizar. Teria sido a última oportunidade dos visitantes, que ainda assim seguraram três pontos importantes.

Real Sociedad 0-0 Las Palmas

Se havia algo que unia a Real Sociedad e o Las Palmas, cujos estádios estão a mais de 2.500 quilómetros de distância, antes do jogo, era o facto de terem vencido os últimos três jogos. No caso da equipa da casa, esse número pode ser alargado para cinco, ou seja: foi a melhor série de 2024. O bom trabalho foi recompensado para ambos: estão agora a cumprir os seus respetivos objetivos, ao contrário do que acontecia no início de novembro.

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Uma bela corrida de Takefusa Kubo levou à primeira sequência de oportunidades, com o remate cruzado de Luka Sučić a não encontrar o alvo. Martín Zubimendi tentou então a sua sorte antes de falhar miseravelmente com um passe feroz para Álex Remiro, que se fez grande na frente de Jaime Mata. O internacional espanhol voltou a ganhar o seu salário após uma jogada de equipa mal finalizada por Alberto Moleiro. Os insulares estavam a ameaçar.

Os homens de Imanol Alguacil pareciam ter feito um grande arranque, mas este foi eclipsado por uma dupla oportunidade de um adversário que tinha recentemente vencido o Barcelona em casa. Mikel Oyarzabal teve a oportunidade mais clara do dia - e talvez até do ano para ele. Sozinho na marca de grande penalidade e com Jasper Cillesen quase batido, mandou a bola contra a trave.

Se antes do intervalo havia frenesi e uma certa dose de rock-and-roll, não se esperava menos do que isso no segundo tempo. E se há alguém que parece estar ligado a esse estilo de música, esse alguém é Sandro, que está a viver uma segunda adolescência em termos de vitalidade. Moleiro, que fez o seu último serviço nesta ação porque depois sofreu uma lesão muscular, encontrou o ex-Realista em zona livre e só a trave impediu o golo que teria feito o 0-1.

Jon Ander Olasagasti e Ander Barrenetxea entraram aos 67 minutos. Este último fez sentir a sua presença logo que entrou em campo, ao rematar à baliza em duas ocasiões consecutivas. Faltou-lhe força na primeira tentativa e o guarda-redes neerlandês, que se esticou como uma pastilha elástica, negou-lhe o golo na segunda para segurar o nulo até ao apito final, num jogo em que Fábio Silva não participou devido a castigo por acumulação de cartões amarelos.

As estatísticas do encontro
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Atlético Madrid 1-0 Getafe

Invicto desde a derrota com o Betis no final de novembro, o Atlético recebeu o Getafe num dérbi que quase coincidiu com o que Rayo Vallecano e Real Madrid disputaram horas antes. A razão? Os Rojiblancos tinham diante de si uma oportunidade idílica, no seu estádio, de chegar ao segundo lugar da tabela e enfrentar a visita do Barcelona, a última do ano, com o incentivo de igualar - ou mesmo superar - os atuais líderes.

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Os adeptos, vestidos com um chapéu de Pai Natal, prestaram homenagem a Jorge Martín (colchonero e recém-coroado campeão do mundo de MotoGP) e a Lola Gallardo (a jogadora com mais jogos na história da secção feminina) antes mesmo de a bola ser lançada. Quando uma equipa que ainda não perdeu em casa esta época recebe uma equipa que ainda não ganhou fora, a tentação de colocar um "1" nas apostas é enorme.

Os da casa começaram a dominar desde o início, com a principal ameaça ofensiva de Samuel Lino a não ser detetada pela defesa adversária. O brasileiro teve duas chances claras de golo, com assistências de Giuliano Simeone e Rodrigo de Paul. No entanto, a oportunidade mais clara coube ao filho do treinador, que rematou à queima-roupa após um passe preciso para Javi Galán. Na área adversária, Jan Oblak desfrutava do jogo como se fosse um adepto.

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Os anfitriões entraram na segunda parte sem conseguir bater David Soria, que antes tinha defendido um remate algo fraco de Julián Álvarez, autor de oito golos esta época. A entrada de Alexander Sorloth foi uma novidade em relação à primeira parte, mas Cholo não esperou pela hora de jogo para voltar a mexer com uma dupla intervenção.

Pablo Barrios tentou com um remate de pé esquerdo desviado logo após o reatamento e a equipa de José Luis Bordalás respondeu a conta-gotas, e não de imediato, com cantos ocasionais.  Embora não mostrasse muito no ataque, estava bem posicionada e até concedia menos oportunidades do que alguns minutos antes. A substituição de Antoine Griezmann por Koke no segundo tempo foi uma surpresa para todos.

Dois dos jogadores lançados por Simeone, Molina e Sorloth, fizeram o 1-0 final: o argentino cruzou com mestria e o norueguês bateu o guarda-redes com um extraordinário cabeceamento (69'). Nem mesmo o ímpeto do resultado, que deveria ter estimulado o ataque dos visitantes, fez Oblak entrar em trabalhos.

Outros resultados:

Alavés 1-1 Athletic Bilbao