Recorde aqui as incidências do encontro
Se o Barcelona quer o segundo lugar, e os muitos milhões de euros que advêm do facto de estar na Supertaça, não pode fazer o que fez esta noite. Exceção feita a Lewandowski, que correu como um jovem para recuperar as bolas e fazer a equipa funcionar. Porque o início do jogo e a primeira parte foram claramente dominados pelos Txuri-urdin. Mesmo que tenha sido o Yamal a abrir o marcador.
Antes disso, com três defesas centrais, com Oyarzabal e Brais como interiores, e com a velocidade de Becker à espera na frente, Imanol provocou um curto-circuito que permitiu recuperar muitas bolas e criar espaço para as corridas do neerlandês. Em quatro ocasiões esteve sozinho diante de Ter Stegen, mas na primeira e na última rematou muito mal, e nas duas pelo meio, essas ações, incluindo um golo, foram anuladas por falta e fora de jogo, respetivamente.
O Barça estava a sofrer, chegando tarde à pressão e sem segurar a posse de bola. Pedri perdia-se em passes inócuos e foi preciso Gündogan aparecer para finalmente começar a ver Remiro de perto. O alemão associou-se a Yamal na área e só Pacheco impediu o remate do extremo.
Foi um aviso para a Real, que tinha a bola, mas faltava garra, chegando mesmo a abdicar do ataque para não correr riscos. Eram, de facto, dúvidas que começavam a quebrar o seu sistema, com Raphinha a aproveitar para finalizar um contra-ataque, atirando a bola ao poste. No ataque seguinte, o Yamal fez o 1-0 após uma assistência de Gündogan. Grande parte do golo, no entanto, foi obra de Lewandowski, com o passe que fez da linha de fundo para o alemão.
Os donostiarras estavam a sofrer, mas com a sua qualidade, uma oportunidade poderia surgir... e ela lá apareceu, com Brais Méndez a vestir a pele de Messi para sair do caminho de três defesas... e a perder o seu superpoder na definição, o que parecia ser a coisa mais fácil a fazer.
Ferrán Torres rendeu Lewandowski, que saiu chateado com a substituição, mas o espanhol criou perigo com dois segundos em campo, não fosse o braço esquerdo de Remiro a evitar o segundo. Que remate do valenciano e que defesa do navarro.
Com a Real a não desistir do empate, o Barça teve mil oportunidades para matar o jogo, mas definiu sempre mal. Foi preciso uma grande penalidade por mão de Odriozola para Raphinha fazer o 2-0 e ir para a cama com o segundo lugar na bagagem.