Recorde aqui as incidências do encontro
Para quem é um fervoroso admirador da religião do futebol, ir a San Mamés é uma obrigação. Passa-se um bom bocado. Não importa quem é o convidado do dia. Com o Athletic como anfitrião, a diversão está garantida com um futebol vertical, sem especulações nem toques no próprio campo. Trata-se de procurar, como se não houvesse amanhã, o golo que os levará ao Santo Graal da Liga dos Campeões.
O Granada adaptou-se bem a isso, em cinco minutos Gumbau, com um leve toque de Iñaki Williams, marcou um golo olímpico. Brutal a curva de felicidade que desenhou o remate do jogador de pé esquerdo para fazer o 0-1.
Os andaluzes foram corajosos, mas depararam-se com um Nico Williams que também queria o seu solo. O guarda-redes Batalla impediu-o, pelo que o mais novo dos irmãos tentou com o apoio de Guruzeta. E aproveitou uma saída do guardião após um cruzamento de Nico para empatar à queima-roupa.
Após o intervalo, o Athletic deixou finalmente para trás a sua imagem de bom samaritano para incutir a sua fé rojiblanca através da insistência. Os nazaríes resistiram a todas as investidas dos Williams, incansáveis pregadores em campo. Batalla, como é seu apanágio diário, voltou a estar no seu melhor com um remate de pé esquerdo de Iñaki.
Os bascos não baixaram os braços, sabendo que, se vencessem, o prémio da Liga dos Campeões estava próximo. Mas os homens de Sandoval, que ainda acreditam no milagre da permanência, não se ajoelharam em nenhum momento. Nem mesmo quando Iñaki encontrou uma bola solta na área, no meio de um cerco e ainda se deve estar a perguntar como falhou aquilo.
Valverde dirigiu-se então ao seu mais antigo e fiel apoiante, Raúl García. Na semana em que disse que iria pendurar as chuteiras em junho, deu-lhe a opção de se tornar o messias. Mas o navarro também não foi capaz de ultrapassar o muro e, no final, as duas equipas tiveram de se contentar com um ponto, que não é suficiente para os seus objetivos futuros.
