Recorde aqui as incidências do encontro
Que maneira de complicar a vida. Com um 2-0 a cinco minutos do intervalo, o campo inclinado para a baliza adversária e o rival sem ideias para chegar à sua... vai e estraga tudo. É compreensível que Manolo González, treinador do Espanyol, não quisesse nem olhar para Pere Milla, herói minutos antes, quando foi expulso por um suposto insulto ao árbitro Hernández Hernández.

Antes, tudo tinha começado de forma fabulosa para os periquitos. A pressão alta sufocava um Maiorca que não conseguia ficar com a bola nem tendo Darder, Pablo Torre e Morlanes no meio-campo. Os catalães desequilibravam pelas alas uma e outra vez. Pela esquerda apareceu Carlos Romero, com tempo para tomar um café, esperando a desmarcação de Pere Milla ao primeiro poste. O cruzamento foi espetacular e a finalização ainda melhor para fazer o 1-0 aos 20 minutos.
A falha de Leo Román... e a de Pere Milla
Longe de reagir, bastava ver a cara de Arrasate para perceber que as coisas não estavam nada bem para os bermellones. O que se confirmou com um cruzamento, agora da direita, de Dolan, com Mojica a dar-lhe espaço, que Roberto empurrou para a baliza vazia após a falha monumental de Leo Román. 2-0 e diversão garantida.
Mas então chegou o desastre. Num livre lateral, Pol Lozano perdeu a posição para Mateo Joseph e preferiu agarrá-lo antes que chegasse a rematar. Penálti que o árbitro viu claramente e que Muriqi converteu, enganando Dmitrovic. Era o minuto 42 e apenas três depois, após um encontrão com um adversário, Pere Milla recebeu o referido vermelho.
Muriqi cabeceia até tijolos
Após o intervalo, como era de esperar, o Espanhol tentou defender-se na sua área perante o assédio do Maiorca, que procurou o empate por terra e ar. Pelo alto acabou por chegar o 2-2 graças a Muriqi, que cabeceia tudo. Imparável, venceu El Hilali no salto para derrubar o muro de Dmitrovic, que já tinha feito quatro defesas estratosféricas a remates de Joseph, Mojica e do próprio goleador kosovar.
Os locais mal conseguiam aliviar a pressão, mas de algum modo conseguiram. Primeiro, a bola parada. Cabrera, livre de marcação, cabeceou à trave. E a 10 minutos do fim, um ingénuo Raíllo empurrou Dolan dentro da área e o árbitro assinalou penálti. Kike García assumiu a responsabilidade e, apesar de Leo Román ter tocado na bola, o golo do Espanhol, 3-2, subiu ao marcador.
Muriqi teve com o seu pé direito, que não é como a sua cabeça, nova oportunidade para empatar, mas falhou o alvo. Daí em diante, os comandados de Manolo González resistiram como puderam para garantir o triunfo apesar de mais uma tentativa do avançado do Maiorca.