Elche 2-0 Levante

De sensações não se vive e ambas as equipas encararam o jogo com a necessidade de vencer. Tão cedo? Em vésperas da paragem de seleções, não é a mesma coisa ir para ela sem vitórias do que com uma. Resultados à parte, Granotas e Franjiverdes estão a fazer um bom trabalho, apesar de terem enfrentado adversários de peso, cada um com o seu próprio manual, e já ansiavam por traduzir o bom futebol num prémio de três pontos.
Não havia dúvidas quanto à forma como o duelo iria decorrer, ou pelo menos quanto ao início: controlo de bola dos anfitriões e contra-ataques dos visitantes. O que é mais surpreendente é que o Levante tinha apenas 6% de posse de bola quando se acabava de ultrapassar o quarto de hora, um domínio que o Elche esteve perto de aproveitar em duas oportunidades que tiveram a cabeça de Álvaro Rodríguez como protagonista. O recém-chegado Mat Ryan, obrigado a trabalhar cedo.
Da submissão à rebeldia
Foi um domínio avassalador dos anfitriões, que tiveram outra oportunidade através de Aleix Febas, que provavelmente escolheu a pior opção de todas na finalização. Por fim, a equipa de Julián Calero conseguiu esticar-se numa transição que é marca da casa: saída pela direita de Jeremy Toljan, advertido depois de Adrián de la Fuente "Dela" inaugurar o capítulo dos cartões, e finalização fraca de Iván Romero.
Antes do intervalo, Rafa Mir teve tempo para festejar - apenas por alguns segundos - depois de colocar a bola na baliza. O avançado, no entanto, empurrou o seu marcador na tentativa de ganhar posição e o árbitro anulou o golo. Já nos descontos, o talentoso Carlos Álvarez, pretendido pelo Benfica, inventou um remate sensacional que embateu na trave. Tudo por decidir nos 45 minutos seguintes.
Pimpampum
Recém-inaugurada a segunda parte, o avançado emprestado pelo Sevilha esqueceu o que se tinha passado e quebrou, agora sim, o nulo. O desvio do espigado Álvaro Rodríguez foi fundamental para que o seu companheiro pudesse aparecer na área contrária após um controlo orientado com o pé direito que antecedeu um fantástico remate de pé esquerdo (46').
E sem que os atuais campeões da LaLiga2 pudessem sequer lamentar-se, Rodrigo Mendoza fez o 2-0 após uma extraordinária e interrompida arrancada de Pedro Bigas (51'). O central caiu no relvado, pediu falta, levantou-se e acabou por ceder a bola ao companheiro, que finalizou com muita classe.
Roger Brugué animou os seus numa grande ofensiva e o seu remate beijou a trave. Os valencianos precisavam que as coisas mudassem muito na reta final e, claro, as sensações não ajudavam. Pablo Martínez também tentou a sorte, mas nada evitou a vitória de um plantel que teve o 3-0 nos pés de Mourad El Ghezouani.
