Recorde as incidências da partida

Oportunismo: "Atitude que consiste em aproveitar ao máximo as circunstâncias para obter o maior benefício possível, sem ter em conta princípios nem convicções."
Não sabemos se José Bordalás terá consultado o dicionário, mas na disciplina de aproveitar a oportunidade, o seu Getafe é praticamente insuperável. Só lhes falta transformar água em vinho, mas isso já seria quase divino. Voltaram a demonstrá-lo contra o Sevilha, ao qual, sem praticamente criar perigo, marcaram o 0-1.
Na sequência de um canto, Adrián Liso, com mais fé do que argumentos, atreveu-se a rematar de fora da área e o seu remate de pé direito, depois de desviar num defesa, entrou na baliza de um Nyland completamente batido. Tal como fez em Vigo, o ex-Saragoça abriu o marcador.
Costuma acontecer: quando a Bordaleta passa pelo local, os problemas aumentam do lado rival. E a situação piora quando quem está do outro lado é um adversário como o Sevilha, que se encontra afundado num poço em que, se algo pode correr mal, corre mal.
Entre o temperamento inquebrantável do Getafe, que não tremeu nem perante o novo capítulo do "novela Uche", e a fragilidade do Sevilha, um raio de luz iluminou os anfitriões, que empataram aos 45' com um autogolo de Juan Iglesias.
Especialistas no que fazem
Longe de abalar os visitantes, o empate reafirmou a sua postura. Com pouco mais de 32% de posse de bola, os madrilenos conseguiram encontrar nova oportunidade para se adiantar. E aproveitaram-na. Numa jogada isolada, a qualidade de Luis Milla brilhou com uma assistência medida para Liso, que confirmou o seu bis ao colocar o 1-2 no marcador.
O rei do oportunismo voltou a atacar com o seu novo goleador, um avançado que marcou apenas quatro golos em 40 jogos na Segunda na época passada e que agora se junta a Mbappé no topo da classificação do Pichichi na Primeira. A magia de Bordalás.
Os minutos passaram e o Sevilha foi incapaz de voltar a furar as redes da baliza defendida por um David Soria que protagonizou intervenções de grande qualidade. Os da capital colocaram mais três pontos no bolso e deram as boas noites dormindo em quarto, em zona Champions. Os de Nervión, com zero pontos, já olham para o abismo que os assombrou toda a 2024/25.
