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LaLiga: Ilic e Rondón assaltam o Mestalla em mais um final cruel para o Valência (1-2)

Duelo entre Viñas e Diakhaby
Duelo entre Viñas e Diakhaby MATTHIEU MIRVILLE / Matthieu Mirville / DPPI via AFP

O recém-promovido Real Oviedo venceu o Valência, de André Almeida (titular) e Thierry Correia (não saiu do banco), por 1-2, em jogo atrasado da sétima jornada da LaLiga. Danjuma colocou os che em vantagem com um golo madrugador, Escandell deu vida à sua equipa ao defender uma grande penalidade do neerlandês, para que Ilic e Rondón dessem a volta ao marcador em apenas dois minutos ao cair do pano.

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O alerta meteorológico vermelho prolongou a jornada por mais um dia. Valência e Oviedo tiveram de esperar para se defrontarem no Mestalla. Ambos chegaram com sensações amargas dos últimos confrontos. Os locais ficaram com a sensação de vitória perdida por culpa de um golo de Puado no último minuto contra o Espanhol e os carbayones também deixaram escapar uma vantagem contra o Barça no Tartiere.

Notas da partida
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Quem sabe se foi por ter deixado escapar a vitória nos minutos finais ou se, pelo contrário, esse dia extra veio a calhar para os morcegos. Saíram do túnel com a força de uma chuva de verão: daquelas que encharcam em poucos instantes e desaparecem como se nada tivesse acontecido. Rioja tirou o marcador para dançar e fazer um cruzamento venenoso, Hugo Duro prendeu os centrais de forma brilhante e Danjuma elevou-se para executar o ataque da cobra. O neerlandês fez um pontapé tesoura que deixou Escandell imóvel e mandou a bola para o fundo da rede aos três minutos. Espetacular.

O Oviedo ainda teve de aguentar mais alguns minutos e a diferença podia ter aumentado. A bola passou a ser dominada pela equipa mais necessitada, e os valencianistas não hesitaram em recuar. Os pupilos de Corberán encontraram espaços para sair em contra-ataque quando os papéis se inverteram, embora um ajuste no meio-campo tenha permitido aos visitantes recuperar alguma calma após outro susto defensivo. No Mestalla não agradou nada a atitude dos locais, e os últimos minutos do primeiro tempo foram marcados pela tensão dos murmúrios da bancada.

A reação do Oviedo tornou-se evidente no meio da primeira parte, mas a conversa ao intervalo da equipa técnica do Valência também alterou, ainda que ligeiramente, a postura dos jogadores. O conjunto che já não sentia o mesmo sufoco, de facto, criou a primeira grande ocasião após o recomeço. Danjuma, um verdadeiro pesadelo para a defesa adversária, apareceu frente à baliza visitante, mas não conseguiu acertar entre os postes.

Diakhaby reclamou penalti por um cotovelo de Reina na sequência de um canto. Danjuma, que tinha feito um grande jogo, manchou a sua atuação ao assumir a responsabilidade. O seu remate encontrou um imenso Escandell, que com uma defesa espetacular manteve o Oviedo vivo. O último sopro de vida que o guarda-redes carbayón lhes concedeu foi bem aproveitado pelas entradas promovidas por Paunović.

Em apenas dois minutos, o estado de espírito dos asturianos mudou, passaram da tristeza à euforia. Primeiro, na sequência de um canto, Rondón rematou e, após uma confusão na área, Ilic empurrou a bola para assinar o empate. Na jogada seguinte, o avançado venezuelano recebeu um grande passe de Ahijado e mandou a bola para o fundo da rede para consumar a reviravolta.

A partida tornou-se uma corrida contra o relógio para o Valência. Nos descontos, o autor do primeiro golo do Oviedo viu o cartão vermelho ao receber o segundo amarelo. Por fim, o Valência confirmou o seu segundo final triste consecutivo.