Recorde aqui as incidências do encontro
O Madrid não especulou e testou as luvas de Soria o mais rapidamente possível. Sabia que estes jogos se podem tornar complicados à medida que os minutos passam sem que o marcador se altere. A equipa de Bordalás, que fez um par de ajustes na defesa, foi-se sentindo mais confortável, atrevendo-se mesmo a sair da caverna em transição. Não é que tenham incomodado Courtois, mas conseguiram o objetivo de fazer com que os brancos também tivessem de se preocupar com o que se passava atrás da bola.

Porque esta esteve sempre no meio-campo azulón, mas faltou verticalidade, desequilíbrio, atrevimento, em suma. Tchoauméni, desesperado, tentou de longe sem sorte. Mastantuono, na única ação que poderia justificar mais uma titularidade, esbarrou em Djené mesmo quando ia rematar. Para agravar a angústia dos visitantes, na sequência de um livre, Álex Sancris tentou um vólei que saiu desviada por muito pouco.
Sem Vini Jr., o Real teve de se contentar com dois lances isolados: um de Bellingham, que Rodrygo finalizou com um remate à figura e outro de Alaba, num livre que ganhou um efeito brutal. Ao intervalo, quem sorria verdadeiramente era o Getafe.
Os madrilenos precisavam de algo mais do que a entrada de Asencio para o lugar de Alaba, mas o treinador quis dar mais uma oportunidade aos que começaram de início. Não só não resultou, como os anfitriões cresceram perante a inoperância. Não demorou muito até que Xabi chamasse Vini e depois Güler para reanimar a equipa. De livre frontal voltou a criar muito perigo Mbappé.
Logo de seguida, Bordalás quis voltar a adormecer o jogo. Fez entrar Nyom para travar Vinícius. Mas o lateral deve ter percebido mal as instruções de como o fazer, porque 40 segundos depois de ter entrado em campo, levantou o cotovelo ao brasileiro quando este iniciava uma desmarcação a 40 metros da bola.
Ainda assim, houve protestos. E quando o VAR confirmou a expulsão e o jogo recomeçou, Güler ativou a sua sociedade com Mbappé para o francês fazer o 0-1.
A partir daí, a missão do Getafe não era procurar o empate, mas sim provocar Vinícius. O que conseguiu foi ver o segundo amarelo para Sancris, que deixou os seus companheiros com dois jogadores a menos com quase 10 minutos por jogar.